O líder da oposição no Congo, Christian Malanga, morto há dias ao tentar chegar ao poder através de golpe de Estado na República Democrática de Congo, esteve no distrito de Guro em Manica para explorar ouro através de um consórcio. Segundo um comunicado da empresa JSM e Filhos o negócio acabou por terminar na justiça.O povoado de Samora, localidade de Bunga, distrito de Guro foi onde Christian Malanga chegou em 2022 para explorar ouro numa mina pertencente a construtora JSM e filhos, limitada.Malanga, ao abrigo do acordo com a referida firma, prometeu abrir furos de água para a população, uma acção de responsabilidade social que até anunciou nas redes sociais, mas que não passou de uma simples promessa. Devido ao incumprimento da promessa por parte de Malanga a JSM tiveram de abandonar o local.O jornal “O País” apurou que há uma área de 15 mil hectares pertencente à empresa JSM e Filhos Limitada e está sob forte protecção policial para impedir que a população extraia recursos de forma ilegal.Entretanto, a Construtora JSM emitiu este comunicado que confirma ter havido interesses empresariais com Christian Malanga e esclarece que:“A Construtora JSM & Filhos Limitada, empresa que se dedica à construção civil, prospecção, exploração e venda de recursos minerais, tomou conhecimento de que está a ser acusada de ter ligações com o senhor Christian Malanga, líder da oposição na República Democrática de Congo, morto durante uma tentativa de golpe de Estado naquele país, acto condenável à luz de preceitos democráticos constitucionalmente consagrados.”Na sequência, a firma explica também em comunicado que houve consenso entre as partes. “Em Novembro de 2022, o Senhor Christian Malanga contactou a Construtora JSM & Filhos limitada, para, no âmbito das actividades normais desta, firmar uma parceria, tendo-lhe sido impostas cláusulas.”, lê-se no comunicado da empresa.Não tendo cumprido até Janeiro de 2023, altura em que o acordo entraria em vigor, a Construtora JSM & Filhos limitada interrompeu o acordo unilateralmente. Não se conformando, o senhor Christian Malanga tentou trabalhar à revelia, o que levou à intervenção policial e do Ministério Público.O comunicado termina condenando veementemente a acção de Christian Malanga que resultou na sua morte e reitera que já não tinha qualquer relação consigo desde fevereiro de 2023.Ao nível da província de Manica, as autoridades a vários níveis desconhecem interesses empresariais de Christian Malanga.
Fonte:O País