FACE AO FENÓMENO “LA NIÑA”: Há ameaça de inundações na próxima época chuvosa

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A época chuvosa 2024/2025 poderá ser caracterizada por chuvas abundantes, face ao enfraquecimento do “El Niño” e surgimento do “La Niña”, segundo as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), o que exige o reforço de atenção para minimizar os impactos do fenómeno, sobretudo inundações.

Embora nos últimos anos o país tenha sido afectado pelo “El Niño”, caracterizado por fraca precipitação, a ocorrência de tempestades tropicais acompanhadas por ventos e chuvas fortes propiciou mortes e destruição de infra-estruturas.

Neste contexto, os diferentes sectores afectados pelos eventos extremos de natureza hidro-meteorológica e os responsáveis pela implementação da resposta aos fenómenos reuniram-se, semana finda, em Maputo, para fazer o balanço da época chuvosa 2023/2024 e perspectivar acções de mitigação para o próximo período.

Na abertura do seminário, o secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe, recordou que a costa moçambicana foi atingida pelas tempestades Álvaro e Filipo em Dezembro e Março, respectivamente, dos 10 sistemas tropicais formados na bacia do Sudoeste do Oceano Índico.

“Em termos de impactos, na componente da emergência e saúde pública foram afectadas 240 mil pessoas, das quais 160 mil por eventos climáticos, 16 mil por cólera e 64 mil por conjuntivite”, detalhou.

Em termos de infra-estruturas, foram destruídas mais de 34 mil casas.

“Assim, com base nas lições aprendidas, pretendemos aprimorar as acções para que possamos prevenir e mitigar os impactos das situações climatológicas, com destaque para perda de vidas e de infra-estruturas”, disse.

Indicou que o principal desafio é melhorar as plataformas de comunicação, de modo a disponibilizar informações meteorológicas em tempo real e de forma descodificada, permitindo a sua compreensão pelas comunidades para a tomada de acções que minimizem o impacto dos fenómenos.

Outro constrangimento indicado por Sitoe é a edificação de infra-estruturas resilientes aos fenómenos climáticos extremos.  

Para além do MTC e INAM, este seminário contou com a participação dos sectores da Agricultura, Saúde, gestão dos Recursos Hídricos, Desastres e assistência humanitária.

Fonte: Jornal Noticias

 

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