A representante especial da ONU Mulheres nos Territórios Palestinos considera inspiradora a resiliência das organizações de liderança feminina atuando em benefício de comunidades que vivem em áreas afetadas pela guerra em Gaza.
De Jerusalém, Maryse Guimond falou da primeira visita ao local onde acompanhou a colaboração entre agências e a entrega de alimentos, kits de dignidade e apoio psicossocial aos afetados pelo conflito.
Mais de 10 mil mulheres mortas em semanas
A representante ressaltou que organizações apoiadas pela ONU Mulheres desempenham funções na linha de frente de forma distinta. Muitas das ativistas atuam após terem sido deslocadas por várias vezes pelo atual conflito.
Guimond destacou que a cada dia de guerra pioram a destruição e o número de mortes em uma situação que deve cessar. Ela destacou que entre nas últimas semanas morreram cerca de 10 mil mulheres.
A representante apresentou uma analogia do número de mulheres vítimas fatais e ferimentos destacando que esse total não tem precedentes, por isso considera a situação de conflito “uma guerra contra as mulheres.”
Em nove meses de confrontos multiplicaram-se os deslocados e os casos de trauma. Estas situações “requerem muito trabalho na área de fornecimento de serviços especializados e outras questões básicas”.
Comunidades deslocadas
Ente elas estão entrega de apoio psicossocial, kits de dignidade, colchões. Neste apoio às comunidades deslocadas, Maryse Guimond diz ser surpreendente que quem precisa de mais apoio esteja oferecendo e deseje continuar com a atuação.
A representante disse que mensagem das mulheres de Gaza ao mundo enfatiza a necessidade de apoio internacional em favor de uma solução política justa e sustentável que envolva todas as partes.
Maryse Guimond pediu ainda que seja dada atenção particular para a perda da dignidade das pessoas que vivem na Faixa de Gaza devido às ações em curso.
Fonte: ONU