O Porto de Pemba será reabilitado. Para o efeito, o Governo aprovou, ontem, por resolução, a concessão directa da infra-estrutura à Pemba Bulk Terminal Limitada, uma sociedade comercial constituída por duas empresas. A entidade deverá executar obras e gerir o terminal portuário logístico.A concessão do Porto de Pemba, em ajuste directo ao consórcio Pemba Bulk Terminal Limitada, constituído pela CD Properties e Portos de Cabo Delgado, visa dar lugar a obras de reabilitação da infra-estrutura portuária, em terra e no plano das águas. Numa fase inicial, serão investidos 14 mil milhões de Meticais.“A infra-estrutura vai beneficiar de um investimento adicional de cerca de 14 mil milhões de Meticais, que irá incluir a contínua reabilitação das infra-estruturas de cais de base, que têm a capacidade de 115 metros de atracagem e também outras actividades relativas ao pontão flutuante de 49,5 mil milhões de Meticais”, disse Lodovina Bernardo, porta-voz da sessão.O Governo entende que a infra-estrutura é estratégica para prestar suporte aos projectos em curso no sector petrolífero, pelo que poderá receber investimentos adicionais em fases subsequentes.“Entretanto, devido à necessidade de assegurar a continuidade do projecto e suporte às operações petrolíferas, para além dos investimentos iniciais, serão realizados outros investimentos adicionais, de cerca de 90 milhões de dólares americanos. É uma infra-estrutura pertinente, que que vai prestar suporte a outros projectos da província de Cabo Delgado”, explicou.A conceção acontece num contexto em que o Porto de Pemba tem estado a registar um fraco desempenho, tendo a sua facturação passado de mais de 21 milhões de dólares por ano para seis milhões, em 2023.Na conferência de imprensa, o Governo foi questionado sobre o atraso na distribuição do livro escolar. A porta-voz disse que a matéria não foi tratada na sessão, mas assegura que há acções em curso para resolver o problema.Na conferência de imprensa, os jornalistas questionaram a porta-voz sobre o facto de alguns investidores no sector da mineração em Cabo Delgado terem sido citados como autores do golpe de Estado na República Democrática do Congo. O Governo disse que esta matéria não foi abordada.
Fonte:O País