Pedro Pereira Lopes é o grande vencedor do Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil

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O Camaleão que tinha desaprendido de mudar de cor, de Pedro Pereira Lopes, é a obra vencedora da segunda edição do Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil, organizado pela Associação Kulemba.A recente obra literária de Pereira Lopes destacou-se entre cinco finalistas, segundo a acta do júri, sempre com qualidades apuradas. Os membros do júri chegaram a tal conclusão porque observaram semelhanças ao nível da moral, dos ensinamentos e a mensagem das obras. Também por isso, o júri encontrou algumas dificuldades no decurso do processo de selecção da obra vencedora. Ainda assim, concluiu, por maioria de dois votos, dos três possíves, a favor de proclamar vencedor de entre os 10 livros candidatos ao prémio, a obra “O camaleão que tinha desaprendido de mudar de cor”, de Pedro Pereira Lopes.“Esta é, para a maioria dos membros do Júri, de entre as obras concorrentes ao Prémio, aquela que mais se aproxima do conjunto de critérios desejáveis numa obra de qualidade, a ponto de justificar a atribuição de um Prémio”, lê-se ainda na acta do júri: “A história está escrita com rigor linguístico e sem erros, e apresenta um texto bem balanceado, com melodia e que, por vezes, oferece mesmo alguns laivos artísticos, o que faz dela um texto de leitura aprazível. É uma história com enredo, não se antevendo logo à partida qual será o desfecho, o que apela à leitura até ao final. Apresenta diálogos bem construídos e relevantes para o texto, conferindo deste modo uma boa interacção entre os personagens, factor que vai ao encontro de uma das características mais recomendadas para uma história de livro infanto-juvenil de qualidade”.Para os membros do júri da segunda edição do Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil, Carlos dos Santos, Alberto da Barca e Benjamim João, a história de Pereira Lopes passa duas importantes mensagens com carácter educativo, de relevância cada vez maior na actualidade, nomedamente sobre a importância da protecção e da preservação do ecosistema, sugerindo os impactos negativos que o desequilíbrio do meio ambiente traz para os seres vivos, e também sobre o facto de que a união e a acção concertada entre as pessoas tem força para provocar mudanças na sociedade e no mundo.Assim, “a eleição da história O camaleão que tinha desaprendido de mudar de cor nada diz sobre a qualidade das restantes obras, que não deixam de ter as suas próprias qualidades e valor”. clarifica o júri: “Significa tão somente que estas, segundo a opinião do júri, se aproximam menos de alguns dos critérios universais utilizados na análise integral das obras do que a obra vencedora”.Pedro Pereira Lopes é o segundo autor a vencer o Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil, depois de Carlos dos Santos, ano passado, com a obra Os pintores de sonhos.Ilustrado por Nelsa Guambe, O camaleão que tinha desaprendido de mudar de cor foi lançado sob a chancela da Fundação Fernando Leite Couto, em 2023. Com efeito, a distinção na segunda edição do Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil permite ao escritor e à ilustradora serem agraciados com 100 mil meticais, isto é, 80 mil para Pedro Pereira Lopes e 20 mil para Nelsa Guambe.As outras quatro obras finalistas da segunda edição do Prémio Nacional de Literatura Infanto-juvenil são A breve história do livro que gostaria de ser escrito, de Celso C. Cossa, O desamparo das flores, de Miguel Luís, Quando a Marta aprendeu a pedalar, de Eliana N՛Zualo, e O Kaio e o cão Panda, de Patrícia Vasco.

Fonte:O País

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