Augusto Inácio acredita que o técnico fica nos leões depois do que se viu na festa no Marquês
Augusto Inácio foi desafiado por A BOLA a comentar a situação de Rúben Amorim, no último domingo, no Marquês de Pombal. Durante os festejos do 20.º título, o treinador dos leões colocou os olhos na conquista do bicampeonato.
«Eu já o vi mais longe do Sporting. O ‘vamos ver’ em relação ao bicampeonato dá todas as indicações de que vai continuar e que vai tentar que o Sporting seja bicampeão. Se dependesse da minha vontade, Rúben Amorim ficava nas próximas épocas», assinalou, deixando, contudo, o aviso de que uma possível reconquista não depende apenas do treinador:
«Vai depender de muitas coisas, porque sozinho Rúben Amorim não faz milagres, precisa de jogadores… O Gyokeres veio trazer profundidade ofensiva e não podemos esquecer Hjulmand. O mercado está aberto e, se o Sporting puder, é para manter a estrutura base da equipa e reforçar o plantel, porque para o ano há Liga dos Campeões. O Paulinho parece-me que vai sair».
Ainda assim, nada vai tirar o nome de Rúben Amorim da história do Sporting «porque em quatro anos consegue ser duas vezes campeão. Ao contrário do ano passado em que as coisas não correram bem, este ano as coisas foram bem programadas. O Sporting foi claramente muito superior aos rivais e merece ser campeão», enalteceu, referindo-se ainda à «noite espetacular» e à cidade de Lisboa «ainda mais bonita» com os festejos do título.
Mais duro foi na resposta a quem falou em estrelinha de campeão do Sporting: «Rio-me mesmo quando na semana passada ouvi muita gente a dizer que o empate do Sporting no Dragão foi estrelinha de campeão… Naquele jogo teve, mas na época toda onde é que está a estrelinha de campeão? O Sporting jogou sempre a um nível muito elevado e só pela estrelinha não dava para ganhar o campeonato».
Quem muito ajudou nesta conquista foi o capitão Coates, que Augusto Inácio não esquece, depois de ter reforçado o estatuto de jogador estrangeiro com mais títulos pelos leões: «O Coates é um caso curioso. Está há muitos anos no Sporting e, antes da chegada de Rúben Amorim, estava numa situação muito complicada, dando a sensação que estava fora do contexto. Agora é o patrão e o líder da equipa.»
Agora, resta a Taça de Portugal que pode dar a dobradinha, mas pela frente está um FC Porto que já assustou no Dragão. «Seria o culminar de uma época extraordinária, mas não nos podemos esquecer que do outro lado também está um FC Porto que quer ganhar e fez uma época muito abaixo do que se pensava. Viu-se no Dragão a força que o FC Porto tem, mas claramente que o Sporting tem essa possibilidade», concluiu.
Fonte: A Bola
