O Acordo recém cimentado entre a Galp Energies e a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (ADNOC), para a venda de acções na Área 4 Offshore da bacia do Rovuma permanece em aberto, carecendo ainda do aval do governo.
Trata-se do negócio firmado há dias no valor de 650 milhões de dólares referente a transferência de 10% das acções da empresa portuguesa Galp para os investidores dos Emirados Árabes Unidos (EAU).
A informação foi partilhada pelo Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleos (INP), Nazário Bangalane, falando durante uma conferência de Imprensa.
Na ocasião a fonte esclareceu que a submissão oficial desta intenção ao Governo poderá trazer os esclarecimentos necessários para a compreensão das razões da decisão da Galp Energies.
“É algo que está previsto na lei e nas reuniões que temos tido com a Galp houve essa pretensão, contudo, isso tem certos procedimentos. Então, o que a Galp vai fazer é submeter oficialmente o processo, este será analisado pelo Governo e ai saberemos dos valores envolvidos”, disse
Na mesma abordagem, Nazário Bangalane fez saber que é do interesse do governo acelerar o processo para que os trabalhos na bacia do Rovuma continuem a decorrer com normalidade
“Não podemos prever o tempo, mas obviamente o mais cedo possível fecharemos este processo”. Afirmou
A Área 4 da bacia do Rovuma inclui Coral South FLNG, em operação desde 2022, bem como os futuros desenvolvimentos onshore Coral North FLNG e Rovuma LNG, ambos previstos para serem sancionados durante 2024/25.
A Galp mantinha até agora uma posição de 10%, junto com a ENH e a sul-coreana Kogas. Os restantes 70% pertencem à Mozambique Rovuma Venture, uma sociedade detida pela Eni, pela ExxonMobil e pela China National Petroleum Corporation (CNPC).
Fonte: O Económico