A Presidente do Conselho de Administração (PCA) da companhia petrolífera coreana Kogas, Yeon-Hye Choi, manifestou segunda-feira, 03/06, o seu compromisso de continuar a investir no projecto bilionário para a produção de gás natural em curso na Área 4 da bacia do Rovuma, em Moçambique.
O compromisso foi expresso durante uma audiência que lhe foi concedida em Seul, capital coreana, pelo Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e que se deve a uma maior estabilidade, em termos de segurança, na região.
A Kogas é parceira na Área 4 da Bacia do Rovuma, que é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), em co-propriedade com a ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70 por cento de interesse participativo no contrato de concessão.
A Kogas (Coreia do Sul), Galp e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detém, cada, uma participação de 10 por cento.
Choy manifestou a sua satisfação com o encontro, afirmando que manteve uma conversa muito frutífera, durante a qual ambos compartilharam uma grande visão para o futuro.
As partes também passaram em revista o curso do projecto de distribuição de gás natural para consumo doméstico em Moçambique.
Já o Vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, António Saíde, que também participou na audiência, explicou que o encontro também tinha por objectivo avaliar o progresso dos projectos na Área 4, e transmitir com muita clareza os progressos (na área de segurança) a nível da estabilidade na região onde a Kogas é parceira.
“Ela (Yeon-Hye Choi) afirmou estar confiante no mercado moçambicano porque pode contribuir para a estabilidade energética a nível do mundo, daí que vão continuar neste projecto de gás natural”, acrescentou.
As partes também abordaram o projecto de distribuição de gás natural canalizado nas cidades da Matola e Maputo e, neste contexto, reiterou o seu compromisso de continuar a trabalhar com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
Questionado sobre os atrasos que se registam na canalização do gás natural, Saíde asseverou que o projecto de massificação continua em curso.
Explicou que a pandemia da Covid-19 que, nos últimos anos, atingiu o mundo inteiro teve a sua quota-parte nos atrasos que se registam, “mas já passou e tem que se fazer redefinições de forma a assegurar que haja progressos e uma maior celeridade na implementação do projecto”.
“Aquilo que tinha sido projectado para canalização doméstica andava na ordem de 500 ligações, mas já foram realizadas cerca de 350 ligações e queremos acreditar que estas que ainda restam poderão ser feitas nos próximos tempos”, acrescentou.
Já ao nível de grandes consumidores, disse que existem cerca de 30 indústrias ligadas à rede de distribuição de gás natural.
Saíde disse que o governo introduziu um novo paradigma para o aproveitamento de gás natural canalizado, que consiste na provisão de gás natural no desenho de futuras infra-estruturas e cidades que o país vai desenvolver, de forma a garantir que sejam incorporados estes projectos.
Na tarde desta segunda-feira, o estadista moçambicano também recebeu em audiência Jung Wan Baek, PCA da empresa de construção e engenharia, Daewoo
Falando à imprensa, Jung Wan Baek disse que, “neste momento, estamos envolvidos nos projectos de LNG no norte de Moçambique, mas também esperamos investir noutras áreas tais como infra-estruturas, construção de habitações entre outras, em Moçambique.
Fonte: O Económico