Bávaros em má forma encontram os candidatos à Premier League, mas a diferença de experiência a este nível pode fazer a diferença
Esta quarta-feira, a Allianz Arena é palco de decisões. Bayern e Arsenal discutem quem irá à meia-final da Liga dos Campeões.
Antes da análise a esta partida, vale a pena recordar a primeira mão. A equipa inglesa começou a vencer, permitiu a reviravolta dos bávaros ainda na segunda parte e, já depois do intervalo, chegou de novo ao empate. 2-2 foi, então, o resultado final no Estádio Emirates.
Há que recordar os estados das equipas. O Bayern já não tem nada a perder, o Arsenal… tem tudo. Os alemães, que já perderam o campeonato para o Leverkusen e também não estão na Taça da Alemanha, têm na Liga dos Campeões a sua única chance de conquistarem títulos na atual temporada.
Thomas Tuchel, que vai sair no final da temporada, define a experiência como uma das chaves para esta eliminatória. «Temos uma pequena vantagem, proque a nossa equipa já ganhou a competição», disse o técnico, que avisa para um Arsenal que é «uma das melhores equipas do mundo». «Estamos determinados a dar tudo e vamos ver se esses 5% de experiência extra conta para alguma coisa.»
Harry Kane, que sabe bem o que é marcar ao Arsenal – sobretudo quando jogava no Tottenham – não teve meias palavras para definir a importância deste troféu: «Se não ganharmos a Liga dos Campeões, a época é um fracasso.»
Kane também falou de outro aspeto que deixa a equipa de pé atrás: Coman e Gnabry lesionaram-se e não vão a jogo.
O furacão inglês é, de resto, o grande sinal mais desta época. Jogadores como De Ligt, Kimmich ou Davies têm estado abaixo do nível, mas não o avançado que, neste momento, já marcou por 39 ocasiões. É, sem dúvida, a grande mais valia deste plantel e, se o Bayern quiser avançar, o jogo passará certamente por ele.
Do lado do Arsenal, vivem-se tempos maravilhosos. Ou, melhor dizendo, viviam-se tempos maravilhosos. Isto porque os gunners perderam, na passada jornada, a liderança para o Manchester City. Além disso, há duas grandes dúvidas: Odegaard e Saka serão avaliados antes do encontro, para saberem se podem ir a jogo. Mikel Arteta reforça que «tudo o que foi feito nos últimos 10 meses e na passada temporada foi preparação» para a partida. «É preciso haver emoção. Estivemos bem em Londres, chegámos à vantagem e, em cinco minutos, eles ficaram na frente. Estivemos bem em não desperdiçar o jogo e em procurar a vantagem.»
Com estas dúvidas no onze e com a falta de rodagem nestas andanças, o Arsenal poderia parecer, à partida, bem mais atrás na eliminatória, sobretudo jogando fora. Dito isto, é preciso recordar que a equipa é uma das máquinas mais bem oleadas da Europa do futebol. O jogo atacante que pratica poderá não ser possível na sua plenitude frente ao Bayern, mas o que se vê, semana após semana, é que uma das equipas mais rotinadas do Mundo, frente a um Bayern muito longe daquilo que já se viu noutras alturas, bem mais hegemónicas. Veremos se a experiência superará a irreverência, em partida que se espera equilibrada e com golos.
Fonte: A Bola
