A Galp Energia tomou a decisão de deixar de fazer parte do negócio de exploração de gás natural em Moçambique, nesse sentido acaba de chegar a acordo petrolífera ADNOC, dos Emirados Árabes Unidos, para a petrolífera ADNOC, dos Emirados Árabes Unidos para a venda da sua participação de 10% no consórcio que está a explorar a Área 4 da Bacia de Rovuma.
A Área 4 inclui Coral South FLNG, em operação desde 2022, bem como os futuros desenvolvimentos onshore Coral North FLNG e Rovuma LNG, ambos previstos para serem sancionados durante 2024/25.
A Galp diz que a transação apoia a sua estratégia disciplinada de capex
Com efeito, diz a petrolífera portuguesa que, após a conclusão, receberá cerca de 650 milhões de dólares pelas suas acções e empréstimos de accionistas, já líquidos de impostos sobre ganhos de capital.
“Os pagamentos contingentes adicionais de 100 milhões de dólares e 400 milhões de dólares serão pagos com a decisão final de investimento do Coral North e do Rovuma LNG, respectivamente”. Esclarece a Galp em comunicado
A participação de 10% da Galp nos projectos de Moçambique foi vendida à ADNOC, empresa nacional de petróleo de Abu Dhabi.
A transação que representa a saída da Galp de um dos seus principais activos de exploração e é anunciada meses depois da empresa ter revelado a descoberta comercial muito relevante de reservas de petróleo ao largo da Namíbia, e a empresa está a procura de parceiros para o desenvolvimento do projecto.
No comunicado à Comissão de Valores Mobiliário de Portugal (CMVM) a Galp indica que a venda à ADNOC está sujeita à obtenção de autorizações, mas deverá ser concluída ainda este ano.
Em Moçambique a empresa vai manter as suas actividades de downstream, nomeadamente, na área da distribuição de combustíveis.
A Galp mantinha até agora uma posição de 10%, junto com a ENH e a sul-coreana Kogas. Os restantes 70% pertencem à Mozambique Rovuma Venture, uma sociedade detida pela Eni, pela ExxonMobil e pela China National Petroleum Corporation (CNPC).
A Galp enfrenta desafios de investimentos significativos noutros mercados, principalmente no Brasil e na Namíbia, com vários projectos de exploração de petróleo em curso.
Efectivamente, a recente descoberta petrolífera na Namíbia também irá requerer investimento adicional da Galp, que tem em curso um processo para vender parte da sua participação de 80% no consórcio que fez a descoberta, a qual em Abril catapultou as acções da empresa para um máximo histórico.
Fonte: O Económico