Zambézia é a terceira província do país na produção da castanha de caju, com uma média anual de 17 mil toneladas. Na campanha 2022/2023, a província bateu recorde de todos os tempos, ao produzir 20 mil toneladas, mas o ciclone Freddy que deitou abaixo mais de 10 mil plantas.“O ano passado, a província foi assolada pelo ciclone Freddy, resultante das mudanças climáticas. Zambézia perdeu plantas de cajueiros, o que levou à baixa de produção de amêndoas, mas porque o preço de referência esteve a um bom nível, conseguimos ter a melhor arrecadação de divisas aos bolsos dos produtores”, disse Cristina Mafumo, secretária de Estado na Zambézia, durante uma reunião sobre auscultação do regulamento da lei do caju. Ainda assim, informações disponibilizadas pelo sector da amêndoa indicam que os produtores da Zambézia arrecadaram 2.5 mil milhões de meticais com a venda da produção. No entanto, os mesmos lamentam que o ciclone Freddy e as baixas temperaturas tenham comprometido a produção. “Eu sou um produtor com cerca de dois mil cajueiros. Tive uma perda significativa de cerca de 300 plantas. Através de parceiros, estamos a ter novas mudas para a reposição, o que nos agrada”, disse Sinésio David, um jovem produtor baseado no distrito de Mocuba. Silvestre Nuhamwaria, um outro produtor, explicou que antes tinha 704 cajueiros, mas devido ciclone Freddy, perdeu 67 e ficou com 637. “Apesar da perda das plantas, consegui colher duas toneladas e 150 quilogramas, de uma previsão que tinha de três toneladas se não tivesse havido estragos do vento” , disse. Decorre, na Zambézia, a auscultação do regulamento da lei do caju com os actores da cadeia.Objectivo é facilitar a compreensão da Lei Nr 9/2023 de 20 Julho, a lei de caju, que visa criar bom ambiente na cadeia, proporcionando práticas sustentáveis para o sector de amêndoas.
Fonte:O País