Treinador do Estrela da Amadora elogiou capacidade do adversário e mostrou-se convicto de que os tricolores poderão travar o seu coletivo
O visitante que se apresentará esta sexta-feira à noite, na Reboleira, impõe respeito: trata-se do líder Sporting, envolvido na luta pelo título pelo título nacional com 75 golos marcados, 22 deles através do seu melhor marcador e máximo artilheiro da Liga, Viktor Gyokeres. Sérgio Vieira mostra-se ciente disso, mas pretende que o Estrela da Amadora se oponha como uma «verdadeira equipa» de forma a discutir o resultado e conseguir pontuar perante um dos grandes do nosso futebol.
«O que vamos ter de fazer é dar continuidade ao que temos vindo a fazer. Sabemos de todos esses dados, da capacidade que o Sporting tem a nível coletivo e individual, do trabalho que tem vindo a realizar ao longo da época e o desempenho que têm tido, mas nós, como verdadeira equipa que somos na forma de trabalhar desde a época passada, olhamos para nos e em dar sequência ao que temos feito bem. No último jogo, não sofremos golos e fomos coesos, por exemplo», recordou o treinador.
Na antevisão ao embate com o Sporting, o treinador do Estrela reconheceu que «salta à vista» a qualidade do futebol que os leões têm praticado no campeonato e elogiou o poderio ofensivo do adversário. «Não só o seu ataque, a forma como dinamiza os seus movimentos, a capacidade dos seus jogadores, mas também a versatilidade, a forma como é capaz de adaptar-se aos diferentes contextos, em casa ou fora, o tempo de trabalho que têm juntos e as conquistas no tempo em que o Rúben está à frente da equipa», constata o treinador.
«Acho que é uma equipa muito forte, se é a melhor ou não é sempre muito subjetivo, mas os dados comprovam isso. Na nossa opinião, acho que sim, neste momento é uma equipa que se encontra acima de todas as outras não só pela posição que ocupa na tabela, mas também por alguns dados estatísticos que comprovam a parte qualitativa, da qualidade dos seus processos e da potencialização das individualidades, os jogadores que realmente saltam à vista e que depois são valorizados não só a nível nacional, como internacional», sublinha ainda.
Sérgio Vieira mostrou total respeito por Gyokeres, mas garantiu que só travando o coletivo verde e branco o Estrela poderá ter hipóteses realistas de pontuar. «É preciso parar o coletivo e toda a sua dinâmica. O Gyokeres tem, realmente, capacidades individuais para as quais temos de estar preparados e na primeira volta estávamos preparados para os movimentos dele. Não marcou, mas esteve em momentos de perigo e proporcionou situações de perigo aos colegas…temos de parar o coletivo deles», assumiu.
Além da consistência defensiva de forma a não ser batido pelo produtivo ataque sportinguista, o Estrela da Amadora pretende aplicar a audácia demonstrada na primeira volta, em Alvalade, onde conseguiu ser uma das quatro equipas – Estrela, Vizela, Farense (por duas vezes) e Atalanta – a conseguir marcar por duas vezes no reduto verde e branco. «Nesse caso, o facto de termos marcado dois golos foi muito positivo, podíamos ter feito mais e mesmo no fim, numa bola parada, lembro-me de que o Johnstone poderia ter feito o empate», recordou.
Ao lado do seu treinador, Aloísio Souza foi confrontado com a curiosidade de o desafio entre Estrela da Amadora e Sporting se realizar precisamente 26 anos após o último triunfo dos tricolores sobre os leões na Reboleira e afirmou não sentir qualquer pressão acrescida. «Para nós, será mais um jogo como outro qualquer, que vale três pontos. Obviamente que é o Sporting e sabemos da qualidade deles, não é à toa que estão em primeiro lugar, mas acredito que o fator casa nos irá beneficiar muito», anteviu.
O médio lembrou que o Estrela esteve muito próximo de empatar em Alvalade e que isso teria, em seu entender, sido o resultado mais justo – o Sporting venceu por 3-2 -, esperando agora consegui-lo no José Gomes.
«Acho que, em condições normais, no mínimo teria sido um empate, se não tivessem havido as eventualidades que houve. Lesões, o Almeida com um ombro lesionado, nós com um homem a menos…acredito muito que, se estivéssemos sem essas dificuldades, no mínimo teria sido um empate», avaliou, determinado em, desta feita, conseguir pontuar.
Fonte: A Bola
