Ajay Banga espera que os países ricos satisfaçam os pedidos de donativos africanos

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O Presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, disse que espera que os países doadores satisfaçam o pedido dos líderes africanos para fazerem contribuições recorde para uma facilidade de juros baixos para as nações em desenvolvimento, sublinhando que não se trata de esmolas, mas de investimentos no futuro.

Os chefes de Estado africanos apelaram na segunda-feira, 29/04, às nações ricas para que ajudem a angariar pelo menos 120 mil milhões de dólares para a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, na sigla em inglês), numa conferência a realizar no Japão em Dezembro.

Seria um recorde para a IDA, que oferece empréstimos a longo prazo aos países em desenvolvimento e funciona num ciclo de três anos. A última ronda de angariação de fundos, em 2021, permitiu angariar 93 mil milhões de dólares.

O montante-alvo de 120 mil milhões de dólares significa que os doadores terão de contribuir com cerca de 30 mil milhões de dólares, uma vez que o Banco Mundial pode pedir emprestado 3 dólares por cada dólar angariado.

“Não há dúvida de que todos os países doadores têm os seus próprios desafios e as suas próprias responsabilidades fiscais. Mas penso que todos eles valorizam o efeito da contribuição para a IDA”, disse Banga numa entrevista na segunda-feira, 29/04.

Os países africanos representam mais de metade dos 75 que recorrem à IDA. Muitos deles estão a braços com grandes dívidas e catástrofes climáticas, mas têm dificuldade em aceder a financiamento acessível nos mercados internacionais.

Por isso, o acesso aos empréstimos da IDA é crucial, afirmaram os líderes africanos.

Banga afirmou que os países ricos devem reconhecer que dar generosamente é do seu próprio interesse, citando exemplos de países outrora pobres, como a China e a Índia, que deixaram de ser beneficiários da IDA para se tornarem grandes economias.

“Penso que a mensagem mais importante é, de facto, que não se trata de uma esmola”, afirmou. “Se África se desenvolver bem, tem muito para oferecer ao mundo.”

 

Fonte: O Económico

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