Município da Beira vai abrir valas de drenagem com urgência no Vaz  

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Os moradores do bairro Vaz, na cidade da Beira, exigiram  ao Município acções concretas para pôr fim ao martírio a que estão sujeitos, sempre que chove, caracterizado por águas estagnadas durantes meses, pelo facto de todas as saídas estarem bloqueadas por construções comerciais de investidores chineses.  

Em resposta às exigências, a edilidade diz que vai  abrir valas de drenagem com urgência.  

A história começou há cerca de três anos, quando dois investidores estrangeiros, um português e outro chinês, ergueram naquele bairro longos muros de vedação com objectivo de protegerem os seus investimentos comerciais.

A construção dos estabelecimentos comerciais e dos muros de vedação não foi devidamente acompanhada pela edilidade e, na sequência disso, os caminhos naturais das águas foram fechados e sempre que chove a mesma fica estagnada por longo período que chega a ultrapassar três meses, deixando inundando quintais e residências. 

Nas últimas três semanas, os moradores daquele bairro têm vindo a pressionar a edilidade para solucionar o problema e, ontem, os serviços autónomos de saneamento e os representantes das empresas que obstruíram as vias de acesso das águas, foram ao referido bairro e os moradores exigiram soluções concretas e imediatas.

Laura Tomé, representante dos moradores disse ao edil que “vivemos aqui há mais de 50 anos e nunca enfrentamos tanta inundações como nos últimos anos e tudo por conta destas obras autorizadas pelo Município. Exigimos que resolvam estes problemas”.  

Em resposta a esta exigências, Albano Carige, edil da Beira começou por dizer que as exigências dos moradores do Vaz eram legítimas e que, por isso, a edilidade iria resolver a curto prazo com a construção de valas de drenagem. 

“Infelizmente todas as bacias de retenção e vias das águas  naturais deixaram de existir por conta das obras. Reconhecemos que algo não foi desenhado nos projectos dos investimentos, por isso, em coordenação com os mesmos, vamos abrir canais de drenagem de céu aberto e de tubagem enterrado com cálculos para permitir um rápido escoamento das águas”, garantiu o edil.

Fonte:O País

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