Restos mortais de Ponguane vão a enterrar amanhã

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Familiares e colegas descrevem Simião Ponguane como um homem de forte personalidade. Lamentam pela sua morte e dizem que o seu legado, como jornalista, deve ser valorizado.

Trata-se de um jornalista decano da televisão, que não passou despercebido na sociedade. Por colegas, Simião Ponguane é lembrado não só pela sua frontalidade, mas também como conselheiro dos seus próximos e não só.

“Ele ouvia todas as partes e era destemido. Penso que ele não tinha receios, como jornalista, de colocar questões. Eu caracterizo Ponguane como um grande jornalista, daqueles que não é dispensável”, disse o PCA da TVM, Élio Jonasse.

Segundo Élio Jonasse, Ponguane era ainda um jornalista com garra e frontal, mas educado, daqueles que não é dispensável em nenhuma redacção.

Esteve na Televisão de Moçambique desde a década de 1980, tendo ocupado vários cargos de direcção e foi também correspondente da Voz da América (VOA). Devido a uma doença, há dois anos teve que parar para cuidar da sua saúde. “O estado de saúde dele degradou-se no sábado e no domingo, e ontem, quando fui visitá-lo, ele já não me respondia absolutamente nada”, explicou Élio Jonasse.

Lutou contra a referida doença, tanto dentro como fora do país, mas nesta quarta-feira não resistiu e perdeu a vida. Seus colegas falam do seu legado com vigor.

“Você ligava para Ponguane às 23h00, ele estava lá, às 05h00 ele estava lá e não negava trabalho, fazia todo o tipo de trabalho. Podia reclamar, mas reclamar no positivo”, lembrou-se António Mugabe, administrador de produção da televisão pública. Na sua família, Ponguane é descrito como uma pessoa humilde e conversadora.

“Em casa não era um jornalista, ele era um pai. Por exemplo, para mim era um tio, tínhamos muitas brincadeiras, conversávamos e passeávamos. Não acredito que em conversa possa existir alguém que possa dizer uma só palavra negativa sobre ele”, disse o sobrinho do finado, Rufino Ponguane.

Os restos mortais de Ponguane vão a enterrar amanhã, sexta-feira, no cemitério de Michafutene, em Maputo.

Fonte:O País

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