Os preços do petróleo aumentaram os seus ganhos nesta sexta-feira, 05/04, e dirigiram-se para um segundo ganho semanal, apoiados por tensões geopolíticas na Europa e no Médio Oriente, preocupações sobre o aperto da oferta e optimismo sobre o crescimento da procura global de combustível à medida que as economias melhoram.
O petróleo bruto Brent subiu 40 cêntimos, ou 0,4%, para US$ 91,05 por barril, às 04:25 GMT. O petróleo americano West Texas Intermediate estava em US$ 86,82 por barril, subindo 23 cêntimos, ou 0,3%.
Ambos os valores de referência atingiram o seu ponto mais alto desde Outubro, na quinta-feira, 04 de Abril.
“Os preços do petróleo parecem estar preparados para uma maior subida no curto prazo, uma vez que um cenário económico mais positivo é acompanhado por um aperto contínuo da oferta e pelo aumento dos riscos geopolíticos”, disseram os analistas do ANZ Daniel Hynes e Soni Kumari numa nota, quando o banco aumentou o seu preço-alvo de 3 meses para o Brent para 95 dólares por barril.
O Brent e o WTI deverão registar um ganho de mais de 4% esta semana, subindo pela segunda semana consecutiva, depois de o Irão, terceiro maior produtor da OPEP, ter prometido vingança contra Israel por um ataque que matou militares iranianos de alta patente.
Israel não reivindicou a responsabilidade pelo ataque ao complexo da embaixada do Irão na Síria, na segunda-feira.
Os contínuos ataques de drones ucranianos às refinarias russas podem ter perturbado mais de 15% da capacidade russa, disse um funcionário da NATO na quinta-feira, 04 de Abril, afectando a produção de combustível do país.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados liderados pela Rússia, conhecidos como OPEP+, mantiveram esta semana a sua política de fornecimento de petróleo inalterada e pressionaram alguns países a aumentar o cumprimento dos cortes na produção.
“A perspectiva de um mercado mais apertado é de que a produção continue a cair no segundo trimestre”, afirmam os analistas do ANZ.
“A perspectiva de um mercado mais apertado deverá provocar uma redução dos inventários durante o segundo trimestre”.
A oferta de petróleo pesado também diminuiu globalmente depois que o México e os Emirados Árabes Unidos cortaram as exportações desses tipos.
Isto acontece num contexto de crescimento sólido da procura mundial de petróleo de 1,4 milhões de barris por dia (bpd) no primeiro trimestre, afirmaram os analistas do JP Morgan numa nota.
“Os nossos indicadores de procura de alta frequência estimam que o consumo total de petróleo em Março foi, em média, de 101,2 milhões de bpd, 100.000 bpd acima das nossas estimativas publicadas”, afirmaram.
Os investidores aguardam o relatório de emprego de Março dos EUA, nesta sexta-feira, 05 de Abril, para obterem mais pistas sobre a saúde da economia americana e a direcção da sua política monetária.
Correios da África do Sul (SAPO) perderam 9,2 mil milhões de rands em valor accionista em três anos e enfrentam agora a falência.
Fonte: O Económico
