O petróleo subiu para atingir um sólido ganho trimestral, sob expectativas de que os cortes de oferta da OPEP+ possam apertar o mercado global.
Os futuros do West Texas Intermediate subiram para os US$ 82 por barril, depois de uma modesta queda de dois dias, com o petróleo Brent acima dos US$ 86. A referência do petróleo bruto dos EUA subiu 14% este ano, com os principais intervalos de tempo oscilando de “contango” – um padrão de baixa – para a estrutura oposta de retrocesso nesse período.
Os cortes da OPEP+ de 2 milhões de barris por dia foram prolongados até ao final de Junho, reforçando as expectativas de que as existências mundiais irão diminuir. Antes de uma reunião de revisão na próxima semana, os delegados não viram necessidade de recomendar quaisquer alterações, uma vez que as quotas estavam a revelar-se eficazes, de acordo com vários funcionários.
A recuperação do crude no primeiro trimestre foi também ajudada pelos ataques de drones da Ucrânia às infra-estruturas energéticas russas, pelas tensões geopolíticas no Médio Oriente e pelo crescimento da procura nas economias asiáticas, incluindo a Índia. Ainda assim, um aumento das reservas nacionais de petróleo bruto e gasolina nos EUA, segundo os dados desta semana, reduziu parte do aperto, com a oferta de petróleo não-OPEP+ a continuar a expandir-se.
O cenário de alta levou alguns bancos a avisar que há margem para preços mais altos, dependendo do desenrolar dos acontecimentos. Embora mantendo as previsões existentes, o JP Morgan Chase & Co. afirmou esta semana que o Brent poderá atingir os três dígitos em Setembro, se o impacto dos cortes de produção da Rússia não for compensado por outras medidas de combate.
Fonte: O Económico
