“Sem inclusão financeira, dificilmente teremos um desenvolvimento equitativo, sustentável e inclusivo” afirmou o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, quando dissertva sobre a “Importância da Inclusão Financeira na Dinamização do Desenvolvimento Económico”, na abertura do ano académico da universidade Unizambeze, na Cidade da Beira, Província de Sofala, na quinta-feira, 21/03.
Para o Governador, sem inclusão financeira não haverá “um desenvolvimento que sirva os interesses e as necessidades dos mais desfavorecidos na nossa sociedade, o que pode fomentar graves desigualdades sociais que podem desaguar em convulsões sociais”.
Na sua dissertação, Rogério Zandamela colocou em evidência, o papel da inclusão financeira no impulso ao desenvolvimento económico. Considerou que no contexto moçambicano, o tema ganha realce importância em virtude da sua ligação ao processo de desenvolvimento económico, “principalmente, porque o país apresenta altos níveis de pobreza”.
A convicção do Governador é que as deficiências socioeconómicas de Moçambique, só podem ser ultrapassadas com o grande contributo da inclusão financeira, onde a população menos privilegiada tem cada vez mais acesso e uso dos produtos e serviços financeiros.
Nesses termos, considera Rogério Zandamela, “o papel da inclusão financeira é de facilitador-chave na promoção do crescimento económico e na redução das desigualdades e da pobreza, porque com inclusão financeira, as famílias e as empresas têm acesso aos serviços financeiros formais, e com isso várias janelas de oportunidade abrem-se e gera-se um ciclo de inúmeros benefícios para toda sociedade”
“Na verdade, as experiências internacionais reforçam o papel dinamizador da inclusão financeira no crescimento e no desenvolvimento económico”. Afirmou
O Governador referiu que como resultado de uma serie de reformas visando promover a inclusão financeira, muitas delas implementadas no contexto da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira, que vigorou ate 2022, os níveis de inclusão financeira no País estão a melhorar.
Hoje, em Moçambique, todos os distritos têm pelo menos um ponto de acesso aos serviços financeiros. Um terço da população tem acesso aos serviços bancários, e 93% da população tem acesso aos serviços das instituições de moeda electrónica.
Existem em todo País, mais de 90 mil contas de moeda electrónica, por cada 100 mil adultos, estando em funcionamento mais de 1250 agentes de moeda electrónica, por cada 100 mil adultos.
Fonte: O Económico