Quebras de ritmo de jogo e eficácia em momentos do enconto e sobretudo um péssimo registo de 2/21 em lançamentos de três pontos ajudam a explicar o desaire do conjunto das quinas
Ao não conseguir aproveitar os últimos 3,4s numa reposição de bola para converter um lançamento de dois que poderia garantir o prolongamento ou um triplo para a vitória – Diogo Ventura (5 pts, 5 ass) ainda tentou um desesperado lançamento de três depois de Miguel Queiroz ter escorregado – Portugal perdeu por 70-72 (19-19, 17-19, 17-18, 17-16) contra Israel no Pavilhão Multiusos de Odivelas.
Partida que marcou a estreia do prometedor Ruben Prey (10 pts, 4 res), de 19 anos, na equipa sénior, assim como o arranque do Grupo A da fase de grupos da qualificação para o Eurobasket-2025. Objetivo a que Seleção se propõe, para isso terá de ficar entre os três primeiros, pela quarta ocasião na história, mas desta feita com vagas para 24 países, como acontece desde o Lituânia-2011.
Mesmo com a péssima prestação para lá da linha de três pontos, de onde apenas conseguiu converter 2 de 21 tentativas (9,52%), assim como 15 turnovers, foram algumas as oportunidades de que Portugal dispôs no último quarto para assumir a liderança, algo que perdera perla última vez aos 52-51, a 1.40, do fim do 3.º quarto.
Esse, aliás, foi um instante em que a turma das quinas passou por um dos seus piores momentos ao permanecer 3.40m sem marcar enquanto sofreu um parcial de 0-9 (52-56) onde 5 dos pontos do adversário vieram da linha de lance livre.
Com Diogo Brito (12 pts, 6 res, 4 ass) a encestar antes de acabar o 3.º período e novamente na abertura do 4.º para reduzir a 55-56, os homens de Mário Gomes mostraram que o controlo do encontro estava ao seu alcance. Não por muito tempo. Os israelitas responderam com novo parcial de 4-10 (59-66) para fixar a maior diferença do embate em que, apesar do equilíbrio quase constante e dos visitantes terem liderado ao longo de mais de 22 minutos, só se verificaram cinco igualdades.
Para o derradeiros 5 minutos Areil Beit-Halahmy voltou a tentar baralhar o sistema ofensivo lusitano com uma zona adaptada que tão bem funcionara na 1.ª parte, mas desta vez não resultou tão bem. Prey e Travante Williams (18 pts, 4 res, 3 ass) fizeram o placard funcionar e mesmo com toda a equipa a evitar cometer faltas que dessem cetos fáceis ao adversário, foram mesmo os erros e fraca finalização que acabaram por deixar Portugal dependente de uma jogada decisiva depois de já ter chegado aos 66-67 quando ainda havia 2,41 no cronómetro.
Além do desastre do lançamento de longa distância, a Portugal faltou igualmente consistência e clarividência no ataque, sobretudo quando Israel foi sucessivamente alternando o seu sistema defensivo e com isso roubando tempo para lançar.
Fonte: A Bola