Raffaele Storti foi um dos heróis do lendário Portugal-Ilhas Fiji (24-23), primeira vitória da Seleção Portuguesa de râguebi num Mundial, precisamente no palco da partida desta quinta-feira
— Como está a correr a sua temporada?
— Estou a jogar no sul de França, num clube chamado Beziers, na 2.ª divisão francesa, estou emprestado, e a época está a correr muito bem até agora. Estamos em 2.º lugar, a nível pessoal está a correr bastante bem, neste momento sou o melhor marcador da divisão, não tenho tido lesões. Integrei-me na equipa, está tudo a corre bem.
— Depois do Mundial, qual o ponto da situação na Seleção Portuguesa?
— Há muitas mudanças na equipa. Apesar de termos feito um grande mundial, de termos impressionado bastante o mundo do râguebi, agora há um processo de reconstrução da equipa. Temos boas bases, mas é um novo projeto, a começar por um novo treinador. Vai ser um processo longo.
— Depois da loucura do Mundial, Portugal desligou um bocadinho do râguebi, mas em Toulouse isso não acontece, o râguebi é rei.
— Em França é o segundo maior desporto, logo a seguir ao futebol, e no sul acaba por ser o primeiro. É muito virado para o râguebi e Toulouse é o centro do râguebi em França, é a casa do clube com mais história e com mais títulos. Acho que os benfiquistas vão encontrar uma cidade muito virada para o râguebi, como se percebe nas lojas e no aeroporto, que é ao lado do estádio.
— No Toulouse joga Antoine Dupont, para muitos o melhor jogador do Mundo. Até lhe chamam ‘o Messi do râguebi’.
— Sim, mas eu diria o Ronaldo do râguebi [risos]. É um grande jogador, tem sido dos melhores dos últimos anos, já foi considerado o melhor jogador do Mundo é uma das referências do râguebi mundial.
— Gosta de futebol? Tem clube ou passa ao lado do fenómeno?
— Gosto muito de praticar desporto, sou do Sporting, até costumava ter Gamebox, sou de Lisboa, mas desliguei um bocado desde que vim para França, é normal, não tenho tanto contacto com o ambiente e com os meus amigos. Era um programa ir aos jogos, desliguei um bocado nestas últimas épocas mas tento acompanhar sempre que posso. Sou fã.
— E visita do Benfica? É a puxar pelo emigrante português ou pelo adepto do Sporting?
— Não, puxo sempre pelas equipas portuguesas e pelo que é português, espero que o Benfica vá a Toulouse ganhar. Claro que simpatizo mais com o Sporting, é o meu clube, puxo sempre por ele, mas que o Benfica eleve ainda mais o nome de Portugal.
— É um homem de ensaios, quem seria o homem dos ensaios neste Benfica?
— Se me perguntar em relação ao Sporting, seria o Gyokeres, no Benfica não sei. É o finalizador. Sou ponta, mais ou menos o equivalente ao ponta de lança no futebol. Se houvesse uma comparação, era o Gyokeres.
— Está impressionado?
— Tem impressionado bastante os sportinguistas, está em alta, sempre a marcar, é jogador fenomenal, para marcar e para assistir, espero que fique mais uns anos no Sporting.
— Quanto é que faz aos 100 metros?
— Sei que sou rápido, mas não tiramos o tempo aos 100 metros. Chego aos 36 Km/h.
Fonte: A Bola
