Bernardo Ayala, presidente da Mesa da AG dos leões, explica impacto das decisões tomadas e confirma os benefícios da operação financeira que deixou o Sporting com 88 por cento do capital social da SAD
Ainda na sequência da AG da SAD que terminou há momentos em Alvalade, Bernardo Ayala, presidente da Mesa, comungou das palavras de Frederico Varandas que classificou esta AG como um momento histórico para o clube. E explicou as razões.
«Duas razões. A primeira: a aquisição das VMOC aos dois bancos que as detinham, ao Milénio primeiro e agora Novo Banco, permite que o Sporting fique totalmente liberto de dívida a bancos. Isso é uma bênção por si só. Não só porque a dívida à banca é uma dívida que envolve outro tipo de responsabilidade, mas também porque o acordo que existia com os bancos, e isso pode ser dito por é público, criava muitas limitações de manobra ao Sporting, designadamente quando tinha receitas extraordinárias na aplicação dessas receitas. Mas não só», disse o dirigente, que voltou a destacar outro ponto:
«A circunstância de ser compradas VMOC permitiu retirar dois bancos relevantes do universo de credores do Sporting. E isso é um facto muito importante e dá uma agilidade de gestão que não se tinha. A segunda razão é porque se tratava de um passo necessário para que o Sporting fique com 88 por cento do capital da SAD e isso permite ponderar um conjunto de opções estratégicas para o futuro. As duas razões cruzam-se: deixámos de ter os bancos no universo de credores e abre-se um novo horizonte na busca de um parceiro estratégico se e quando o Conselho de Administração assim entender que é o momento. É um momento francamente positivo para o Sporting, um passo essencial.»
E com estas decisões… o Sporting estará mais forte no investimento para o futuro da equipa de futebol?
«A resposta é sim, mas eu sou apenas presidente da Mesa da AG. Ou seja não me compete a mim tomar essas opções de gestão. A resposta é sim, obviamente, pois como observador atento e titular deste órgão social verifico que existe muito maior conforto financeiro hoje em dia do que havia algum tempo atrás. E esse conforto permite fazer coisas que há uns tempos estava fora do alcance. Desde uma gestão mais equilibrada, rigorosa, menos pressão da equipa de futebol, até outro tipo de investimentos logísticos, no estádio, em benefício dos sócios. A folga neste momento é outra. Os passos que se deram no ultimo ano e com esta negociação são passos que permitem conforto muito relevante», finalizou.
Fonte: A Bola