Mário Silva: «Senti fadiga física, mental e emocional dos jogadores»

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O Benfica venceu por 2-1 o Fundão na quarta ronda da Taça de Portugal de futsal, e Mário Silva, treinador dos encarnados, avaliou a prestação da equipa, após a polémica na final da Taça da Liga com o Sporting.

“Se quisermos analisar os últimos minutos de jogo, é natural que uma equipa que está à procura do resultado, arrisque um pouco. Se olharmos para o jogo como um todo, começa com uma primeira parte em que o Benfica deveria ter tido competência para sair com outro resultado para o intervalo. Sem fazer um jogo deslumbrante, não se conseguem contar pelos dedos de uma mão as oportunidades criadas pelo Fundão e, com alguma ineficácia da nossa parte, o resultado estava um pouco mais apertado do que desejaríamos”, reconheceu.

“Na segunda parte, queríamos dar uma resposta diferente, mas não o conseguimos. Como a bola não foi entrando, o que senti foi alguma fadiga física dos meus atletas e alguma fadiga mental e emocional também, que advém de uma fase final concentrada, e o Fundão foi aproveitando isso, nas divididas. Sem desmerecer o Fundão, que é uma equipa que já esteve em finais de competições destas a eliminar, foi mais por incapacidade nossa de reagir ao que foram os últimos dias do que muita competência do nosso adversário. Continuamos em prova e queremos revalidar um título que ganhámos no ano passado”, sentenciou.

Desafiado a concretizar a “fadiga mental e emocional” relativamente ao episódio protagonizado por Tayman na final da Taça da Liga, Mário Silva não desarmou. “Mais complicado do que gerir é conviver. Aceitar e conviver com um comportamento antidesportivo que aconteceu. Temos de encontrar uma forma disso nos motivar a ser melhores. Mas eu sou o primeiro a ter de lidar com isso, a ter de viver com esse sentimento e canalizá-lo para as nossas tarefas de jogo e de treino. É normal que alguns de nós não o consigam fazer num período tão curto de tempo. Tivemos três dias para nos prepararmos, com tudo o que circunda esta situação infeliz que aconteceu na Taça da Liga acaba por ter impacto, seja pelo que sai nos meios de comunicação no mundo inteiro, seja nas redes sociais próprias dos atletas, das estruturas, etc., acaba sempre por condicionar um bem-estar saudável quando nos sentimos enganados. Nunca tive a preocupação de estudar um regulamento para tentar perceber como consigo enganá-lo do ponto de vista moral e ético, mas as entidades competentes devem fazer uma reflexão muito grande sobre isto, atuar sobre quem prevaricou, para que depois possamos ter o melhor futsal do mundo, o português”, rematou.

[artigo atualizado às 04:06]

Fonte: Record

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