A EXPORTAÇÃO de legumes e hortícolas, produzidos em Moçambique para o resto do mundo, rendeu 59,5 milhões de dólares norte-americanos durante o terceiro trimestre do ano transacto.
O impacto alcançado foi resultante do incremento das quantidades vendidas o que significou um acréscimo de 41,7 por cento face a igual período de 2022.
Entretanto, alguns produtos tradicionais como o tabaco e açúcar tiveram um significativo destaque no período em análise ao apresentar contracções.
De acordo com o recente relatório do Banco de Moçambique (BdM), sobre a Balança de Pagamentos do terceiro trimestre do ano transacto, as exportações do açúcar, situaram-se em 8,8 milhões de dólares.
A situação, de acordo com o documento, representa uma retracção de 54 por cento face a igual período do ano anterior ao analisado.
As razões invocadas pelo BdM para a redução estão relacionadas à queda no volume exportado, facto associado ao decréscimo da produção.
A queda da produção, por sua vez, é justificada pela fraca disponibilidade da cana-de-açúcar depois das cheias e inundações registadas no primeiro trimestre do ano transacto, afectando grandes empresas como a açucareira da Maragra.
Por sua vez, o tabaco sofreu um decréscimo do volume exportado devido a atrasos registados no processo de transporte da mercadoria o que propiciou a queda dos resultados alcançados.
Deste modo, o produto alcançou receitas na ordem de 27 milhões de dólares, menos 15,5 milhões do que os resultados apresentados no ano anterior.
No mesmo sentido, produtos como o algodão, banana e amêndoa de caju também sofreram algumas reduções.
As vendas do algodão, por exemplo, resultaram em 4,2 milhões de dólares, menos 1.8 milhões em relação ao ano anterior analisado.
Os fundamentos apresentados pelo BdM referem que a redução das receitas está associada ao efeito combinado da redução do volume exportado em 99,9 por cento e do preço da fibra de algodão no mercado internacional em 14 por cento, respectivamente.
Por sua vez, as vendas da banana renderam ao país cerca de seis milhões de dólares, um decréscimo de quase quatro milhões, num contexto em que a comercialização da amêndoa de caju registou uma diminuição de 4,5 por cento, tendo se fixado, também, em seis milhões de dólares.
Fonte:Jornal Notícias