A cólera matou 20 pessoas em três meses no país. O Ministério da Saúde quer vacinar mais de 2.2 milhões de pessoas a partir de segunda-feira para reduzir os casos da doença.
Desde o ressurgimento dos casos da cólera no país, no passado mês de Outubro, contabilizam-se pelo menos 8 400 pessoas infectadas.
Com o aumento dos casos, as mortes causadas pela doença, que são pelo menos 20, começam a preocupar o sector da saúde. Cabo Delgado, Zambézia, Tete e Sofala são as províncias mais críticas.
“No ano passado nós tivemos um surto, que depois abrandou entre os meses de Julho e Setembro. A situação já tinha sido minimizada, mas em Outubro a doença recrudesceu e estamos neste momento a reportar mais casos de cólera, em seis províncias ”, disse Benigna Matsinhe, a directora nacional adjunta de Saúde Pública, ao esclarecer que o fecalismo a céu aberto e os problemas de saneamento do meio estão na origem deste novo surto.
“Temos grandes áreas do país onde o fecalismo a céu aberto é uma realidade e o acesso a água é insuficiente. Tudo aquilo que faz parte do saneamento dificiente do meio é um risco para a saúde, quer para a cólera e para outras doenças de origem hídrica”.
A vacinação contra a doença é a resposta que será dada pelo Ministério da Saúde. De 08 a 12 de Janeiro prevê-se vacinar mais de 2.2 milhões de pessoas em 09 distritos críticos, neste caso, na província de Cabo Delgado serão abrangidos os distritos de Chiúre e Montepuez, na Zambézia em Gilé, Gurué e Mocuba, Tete, em Moatize, Magué e Zumbo e em Sofala no distrito de Milange.
A vacinação vai decorrer nas unidades sanitárias, porta-a-porta, nos mercados e em locais com aglomerados. São mais de 7 mil técnicos de saúde preparados para a campanha.
A campanha de vacinação contra a cólera é destinada a pessoas com idade igual ou superior a 1 ano de vida.
Fonte:O País