A petrolífera indonésia Pertamina acaba de cancelar um contrato de compra de Gás Natural Liquefeito, que sairia da exploração da Total.
A razão do cancelamento é a demora no início da exploração; uma demora causada pelo terrorismo em Cabo Delgado. Como todos os megaprojectos de petróleo e gás, a Mozambique LNG, liderado pela TotalEnergies, tinha oito contratos de compra assinados. Com eles, 11,2 milhões de toneladas seriam exportados por ano. O contrato foi assinado na base de que a exportação começaria em 2025, o que não acontecerá mais. A razão é que a Total invocou “Força Maior” na sequência do mediático ataque a Palma, em 2021. Sendo assim, pelo menos um dos clientes perdeu a paciência e desistiu, cancelou o contrato. O acordo era de 20 anos, com a Pertamina a comprar, anualmente, um milhão de toneladas de gás natural liquefeito. Não mais vai acontecer. Mas é um cancelamento amigável, de acordo com uma nota publicada pelo portal Argus. Não há [penalização], porque há força maior, por isso é um acordo entre ambas as partes, diz a petrolífera indonésia numa interação tida com o portal que já citámos. Com a retirada da Pertamina, o Consórcio vai exportar apenas 10,2 milhões de toneladas por ano para sete clientes. Os contratos com estes são de entre 13 e 20 anos.
Neste momento. Moçambique exporta três milhões de toneladas de gás natural liquefeito da plataforma flutuante, da área 4 da mesma Bacia do Rovuma.
Quanto à Total, espera-se a retoma das actividades de construção da plataforma no próximo ano e início da exportação em 2027.
Fonte:O País