Os Estados Unidos da América vetaram um projecto de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que exigia um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza. O veto dos Estados Unidos está a ser criticado pelos manifestantes pró-palestina.
Os Estados Unidos da América vetaram esta sexta-feira pela 35.ª vez, desde 1970, uma resolução sobre a questão israelo-palestiniana (de um total de 39). Desta vez, a resolução exigia um cessar-fogo na faixa de Gaza.
A resolução, da autoria dos Emirados Árabes Unidos, foi apoiada por quase uma centena de Estados-membros das Nações Unidas. No conselho de Segurança, a proposta teve 13 votos a favor e uma abstenção do Reino Unido.
Os Estados Unidos da América justificam o veto dizendo que não apoiam uma resolução que apela a um cessar-fogo insustentável, que simplesmente plantará as sementes da próxima guerra.
Robert Wood, vice-embaixador norte-americano na ONU, acrescentou que a resolução não apresenta uma condenação específica aos ataques de 07 de Outubro perpetrados pelo Hamas.
Wood disse ainda que o projecto era precipitado, desequilibrado e divorciado da realidade, e criticou o facto de as recomendações norte-americanas terem sido ignoradas durante o processo de consultas.
A opinião dos Estados Unidos foi também reforçada pelo Reino Unido.
“Não podemos votar a favor de uma resolução que não condene as atrocidades cometidas pelo Hamas contra civis israelitas inocentes no dia 07 de outubro. Apelar a um cessar-fogo ignora o facto de o Hamas ter cometido actos de terror e ainda manter civis como reféns”, argumentou Barbara Woodward
Dezenas de manifestantes pró-Palestina protestaram esta sexta-feira em frente à sede da ONU, em Nova Iorque, “indignados” com o veto norte-americano à resolução que exigia um cessar-fogo em Gaza.
Fonte:O País