O escritor Mia Couto afirma que o processo eleitoral foi partidarizado e aponta a necessidade de melhorar a lei eleitoral e a credibilidade do processo. O escritor diz ainda que os militantes da Frelimo inverteram o lema de serem os primeiros no sacrifício e os últimos no benefício.
No lançamento da sua nova obra, intitulada “Compêndio para desenterrar nuvens”, Mia Couto fez uma breve reflexão sobre as sextas eleições autárquicas. E foi mesmo breve, até porque: “Eu não quero meter-me no assunto eleições, porque foi muito partidarizado. Acho que o maior desafio, agora, é rever todo o processo, a forma de organização e a credibilidade de todo o processo. Essa é a grande missão, afirmou Mia Couto.
Na ocasião, o autor do “Compêndio para desenterrar nuvens”, sua mais recente obra, revelou que já foi membro do partido no poder e explica as razões do seu afastamento.
“Já fui da Frelimo, não sou já há alguns anos, mas o que me fez entrar nessa causa foi, sobretudo, um lema que era, o militante da Frelimo era o primeiro no sacrifício e o último no benefício. Isto foi, infelizmente, invertido nos dias de hoje.
Mia Couto afirmou ainda que há mais medo de falar dentro dos partidos do que na sociedade.
Fonte:O País