Dalton Sitoe, em Nairobi
O embaixador de boa-vontade na Fundação Africana de Tecnologia Agrícola (AATF), Goodluck Jonathan, considerou que os debates da Conferência Africana sobre Tecnologias Agrícolas (ACAT) evidenciaram que ainda há esperança de abertura de um novo capítulo na melhoria da agricultura e do bem-estar do povo africano.
Este pronunciamento foi feito ontem na cidade de Nairobi, capital do Quénia, durante a cerimónia de encerramento da I edição da ACAT, que juntou mais de 400 intervenientes do sector agrícola no continente para, em cinco dias, debater sobre a resiliência da agricultura por meio da inovação.
Alertou, todavia, que ficou claro que o aproveitamento desta oportunidade deve ser feito por todos intervenientes da cadeia de valor deste sector, não deixando esta tarefa apenas para os governos do continente.
“Na ACAT não só aprendemos como também aprofundamos a nossa compreensão a respeito das tecnologias agrícolas. Devemos canalizar os nossos investimentos com inteligência para conduzir a inovação necessária para prosperidade da agricultura africana”, recomendou.
Sublinhou que África precisa mais do que nunca de tecnologia de modo a alimentar a sua população com a sua potencialidade agrícola e preparar um futuro melhor para as próximas gerações.
Na mesma ocasião, o director executivo da AATF, Canisius Kanangire, revelou que a próxima edição da ACAT está agendada para 2025, em Kigali, capital do Ruanda, entre os dias 19 e 23 de Maio.
Kanangire afirmou que a primeira edição produziu 12 recomendações, entre as quais pode se destacar a necessidade de exortar os Estados-Membros da União Africana (UA), as comunidades económicas regionais e outras partes interessadas a nutrirem a vontade política para impulsionar o avanço tecnológico no sector agrícola em direcção à auto-suficiência alimentar e à intensificação do comércio intra-africano.
“Vamos incentivar os governos africanos, as comunidades económicas regionais e os organismos e órgãos continentais a sustentarem os diálogos e as acções para acelerar a implantação da tecnologia agrícola, integrando ao mesmo tempo a ciência, a tecnologia e a inovação nos seus respectivos quadros de desenvolvimento”, acrescentou.
Fonte:Jornal Notícias