Zimbabwe destaca Machel na luta de libertação

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O Ministro dos Veteranos de Libertação do Zimbabwe diz que Samora Machel foi uma figura fundamental para o alcance da independência do seu país e contribuiu para a celeridade do processo.

Zimbabwe esteve presente nas celebrações dos 90 anos do nascimento de Samora Machel, representado pelo Ministro dos Veteranos da Libertação, Christopher Mutsvangwa. Na ocasião, o governante destacou o papel do primeiro Presidente de Moçambique no processo de libertação de Zimbabwe.

“Foi muito bom porque queriam um mundo unido para apoiar o Zimbabwe, e foi isso que o Presidente Samora Machel fez. Embora a União Soviética tivesse muitas dificuldades em apoiar a ZANU, Samora Machel manobrou, foi para Cuba. Ele convenceu os cubanos a treinar-nos na Etiópia, mesmo quando a União Soviética não estava particularmente feliz. Mas também, porque estávamos a lutar a partir de Moçambique, era mais fácil infiltrar-nos por causa das montanhas. São mil quilómetros do Limpopo ao Zambeze”, relatou Christopher Mutsvangwa, Ministro dos Veteranos de Libertação do Zimbabwe.

Zimbabwe reconhece que houve progressos rápidos na luta de libertação a partir de Moçambique, devido à proximidade do centro das operações. “Fizemos progressos mais rápidos no combate a partir de Moçambique do que no combate a partir da Zâmbia, tentando atravessar o rio Zambeze. E os rodesianos ficavam à espera naquele grande rio. Quem tentasse atravessar levava um tiro. Então, tivemos uma vantagem natural, porque construímos uma relação com o Frelimo deste lado.”

A influência política no campo cultural foi um dos temas debatidos na Conferência Internacional Samora Machel.

O historiador Icéu Sitoe voltou ao passado para criticar a cultura nacional nos primeiros anos após o alcance da Independência.

“Nós adoptámos uma série de contradições culturais, essas contradições fizeram com que algumas questões culturais sofressem alguns efeitos de uma espécie de violência simbólica e eu cito alguns exemplos concretos: questões que têm a ver com curandeirismo, lobolo, ritos de iniciação e morte. Nos primeiros sete anos da independência, notam-se questões que foram inflamáveis em nome da cultura”, defendeu.

A Conferência Internacional Samora Machel decorre sob o lema “Desafios de convivência pacífica e desenvolvimento socio-económico dos povos da região de 1960 ao séc XXI”.

Fonte:O País

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