Horácio João
O CRESCIMENTO da economia passa pela modernização dos processos produtivos, particularmente na agricultura, actividade praticada pela maioria da população moçambicana.
Este pensamento foi partilhado ontem, na Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica de Moçambique (UCM), na cidade da Beira, pelo Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, na palestra que orientou sob o lema “Economia de Moçambique: Estágio e Perspectivas”.
Maleiane chamou especial atenção para o facto de que não existe economia que sobreviva sem o envolvimento dos nacionais.
Aliás, reconheceu que, com 18 milhões de pessoas economicamente activas não há empresas para absorver toda esta mão-de-obra, num país em que há poucos empresários.
Referiu que, actualmente, o país tem 40 mil pequenas empresas, que criaram 162 mil empregos, enquanto as 1335 grandes absorvem 55 por cento da mão-de-obra, mas que representam 77 por cento do volume de negócio.
“Portanto, toda a nossa vida está ancorada a grandes empresas que, entretanto, são poucas; e as nossas PME também têm pouca gente e precisamos de expandir estas actividades”, sugeriu.
Acrescentou que o grande problema da economia é o baixo índice de exportação, com excepção dos grandes projectos, exemplificando que nunca se ultrapassou 1.2 bilião de dólares.
Fonte:Jornal Notícias