Luanda: a ponte para a Liga Africana de Basquetebol Feminino

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Costa do Sol, campeão nacional, e Ferroviário de Maputo, vice-campeão, foram “intimados” pela FIBA para disputarem,  de 6  a 12 de Novembro,  o Grupo “E”   da  fase de qualificação para primeira edição da “African Women Basketball League”.   A fase final realiza-se de 8 a  17 de Dezembro, no Cairo, Egipto. Tão longe, mas tão perto do palco dos sonhos. 

Ainda em modo festivo,  e na ressaca da heróica e enigmática  qualificação das Pérolas (selecção feminina de andebol angolana  para os Jogos Olímpicos Paris 2024),  Luanda, capital de  Angola,  vai testemunhar  a corrida para a  edição de estreia da Liga Africana de Basquetebol Feminino. 

Dito de outro modo:  o Pavilhão Multiusos do Kilamba será palco do Grupo “E” de acesso à uma prova que vem estabelecer uma nova ordem no quadro do basquetebol feminino continental.

E, na primeira etapa de um certame cuja  materialização ecoou em Junho deste ano nos corredores de Maputo, aquando do Congresso da FIBA-África, Costa do Sol, campeão nacional, e Ferroviário de Maputo, vice-campeão, são os legítimos representantes do país.

Ou seja, as “canarinhas” e “locomotivas” deverão juntar-se, de 6 a 12 de Novembro próximo, ao Interclube (campeão angolano) e D’Agosto (vice-campeão) e outras formações,  numa corrida na  qual os dois primeiros classificados apuram-se  para a “African Women Basketball League”. 

O D’Agosto e Interclube são, na prática,  dois velhos conhecidos do Ferroviário de Maputo (que já disputou finais com ambos conjuntos) e do Costa do Sol (que, ano passado, bateu-se com o Interclube na fase final da Taça dos Clubes Campeões Africanos realizada em Maputo).

O Interclube é, de resto, o emblema mais titulado na actual versão da Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol sénior feminino, tendo conquistado cinco troféus.

As “polícias” ergueram o troféu em 2010, 2011, 2013, 2014 e  2016.  O D’Agosto, esse, carregou a taça para as suas vitrines em 2006, 2015 e 2017.

Depois de falhar o título nas finais de 2016 (em Maputo) e 2017 ( em Luanda), o Ferroviário de Maputo chamou a si o estatuto de campeão africano de clubes em 2018, na capital do país, e em 2019, no Egipto, tendo, em ambas ocasiões, derrotado o Interclube.

Feitas as contas, o país já conquistou sete títulos (Maxaquene, Académica, Desportivo, em duas ocasiões,  extinta Liga Desportiva,  e Ferroviário de Maputo, igualmente duas vezes).

É mister dizer que, caso sigam para a competição, Costa do Sol e Ferroviário de Maputo irão encontrar pela frente adversários que iniciaram, a 17 de Outubro, a disputa do Campeonato Provincial sénior feminino de basquetebol de Angola. 

O certame  será disputado no sistema de todos contra todos a duas voltas, apurando as quatro primeiras classificadas da primeira fase, que disputarão às meias-finais e posterior a classificação do terceiro e quarto lugares e final, respectivamente.

REUNIÃO TÉCNICA A 5 DE NOVEMBRO

Em fase adiantada nos preparativos da competição, a FIBA-África já definiu que a  reunião técnica do Grupo E será realizada no dia 05 de Novembro, em Luanda, numa hora e local por anunciar. 

O encontro tem, explica uma nota a  que “O País” teve acesso, permitir que a FIBA ​​informe as equipas sobre todos os jogos, procedimentos e requisitos assim como  fazer as verificações necessárias e para se inteirar sobre a lista final de cada delegação.

Uma vez declarada encerrada a Reunião Técnica, não haverá alterações na composição das formações participantes, ou seja, 12 jogadores e outros membros da delegação da equipa  podem ser formados em qualquer momento durante o torneio.

O Delegado/Comissário Técnico da FIBA terá a missão de efectuar a ​​verificação dos membros da delegação, passaportes, o formulário de lista de delegação da equipe final assinado e os equipamentos.

REGRAS DO JOGO!

O regulamento divulgado pela organização indica que, somente os jogadores e membros da delegação de cada formação, é que deverão constar na lista fnal.

Por outro lado, a delegação da equipa será composta por jogadores, treinadores e equipa acompanhante, para além dos membros da Delegação ( arbitro nomeado pela FIBA ​​também é considerado membro da equipa ou delegação). 

No caso de árbitro acompanhante, clarifica a organização,  a equipa será sancionada com multa em caso de não apresentação do mesmo.

Mas há mais dados:  cada equipa deverá apresentar, obrigatoriamente, um médico certificado, uma vez que não será permitida a recorrência a profissionais de saúde locais.  Para a competição,  a delegação deverá ser composta por um máximo de vinte e uma

(21) pessoas.  A organização definiu ainda que os jogadores, treinadores e membros acompanhantes de cada delegação deverão ser registrados na  plataforma de gestão e administração da FIBA ​​(ferramenta online FIBA ​​MAP).

ALOJAMENTO

Os clubes participantes cobrirão os custos de alojamento e alimentação da sua equipa bem como membros da delegação  nos casos seguintes: contribuição para despesas de estadia (alojamento, alimentação, transporte interno) de um máximo de vinte e um (21) membros da delegação (seis quartos duplos e nove  individuais, dois dias antes do torneio e dois dias depois do certame).

Esta contribuição é de sessenta dólares americanos (USD 60) por pessoa, por dia. O país  anfitrião fornecerá transporte local para a delegação dos clubes participantes desde o momento de chegada até à partida.

Fonte:O País

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