As empresas participadas pelo Estado precisam de melhorar os seus instrumentos de gestão, tornar-se competitivas e servir como fonte de receita para a administração pública.
Esta exortação foi feita ontem, em Maputo, pelo Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, na abertura da reunião anual de planificação do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE). O encontro juntou quadros de todas as empresas que corporizam o sector empresarial do Estado.
Em resposta a este desafio, a Presidente do Conselho de Administração do IGEPE, Ana Isabel Senda, assumiu o compromisso de, nos próximos cinco anos, as empresas participadas contribuírem com pelo menos 5,5 milhões de meticais para os cofres do Estado.
Com uma carteira de 99 empresas, o IGEPE tem neste momento 43 em funcionamento e as restantes em processo de dissolução ou liquidação.
Das que funcionam poucas canalizam receitas em forma de dividendos, sendo que algumas precisam até de subsídios do sector público para o seu funcionamento.
É neste contexto que o Ministro da Economia e Finanças considera ter chegado o momento para se inverter este quadro, apelando aos gestores para que invistam em projectos competitivos e rentáveis.
A reunião do IGEPE acontece num período em que os indicadores macroeconómicos em Moçambique dão sinais encorajadores, com uma taxa de crescimento, no primeiro semestre, na ordem dos 3.0 por cento, bem como a desaceleração da taxa de inflação e estabilidade cambial.
Maleiane considera que esta conjuntura positiva deve ser assumida como uma potencial oportunidade de o sector empresarial do Estado fazer valer a sua capacidade criativa, procurando estabelecer melhores parcerias de negócios, bem como identificar projectos que possam, rapidamente, satisfazer as necessidades do mercado nacional.
“Cabe ao IGEPE a responsabilidade de monitorar, aconselhar e emitir recomendações, visando o cumprimento dos objectivos definidos para cada uma das empresas, materializando, assim os pressupostos da terceira prioridade da nossa governação, que são os da promoção de emprego, produtividade e competitividade”, sustentou.
Na reunião foi privilegiado o debate sobre temas como “O Plano de Negócios como Instrumento de Gestão”; “ O Contrato de Gestão” e “ A Matriz de Desempenho”.
O grande objectivo definido é o aprimoramento dos mecanismos de planificação, de prestação de contas e de responsabilização no sector empresarial do Estado, conferindo maior transparência das acções das empresas públicas e participadas, bem como o aumento de receitas do seu capital.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/70677-estado-exige-rentabilidade-das-empresas-participadas.html