MAPUTO – Nyusi lançou o apelo no comício que orientou, ontem, na vila-sede do distrito, no quadro da sua visita de trabalho à esta província, que arrancou ainda hoje no vizinho distrito de Tambara.Este foi o segundo comício popular, pois, pela manhã, Nyusi orientou um outro em Tambara, onde também inauguro a ponte sobre o rio Muira, construída na principal via que estabelece a ligação entre os dois distritos.O IV Recenseamento da População e Habitação arrancou a 01 de Agosto corrente em todo o pais, devendo terminar no dia 15 do mês em curso.“Nós sabemos que há um grupo de pessoas que estão a desinformar, estão a prejudicar as pessoas, porque não há nenhum país no mundo que não sabe quantas pessoas existem. Só Moçambique é que vai começar a ser um país que não sabe quantos cidadãos tem?”, questionou o Chefe de Estado, para quem esses indivíduos pretendem enganar o povo e prejudicar toda uma nação.Continuando na sua explicação, Nyusi disse que o Censo visa, essencialmente, saber o grau de problemas que Moçambique enfrenta e, desta forma, conhecer melhor as necessidades de cada um dos pontos do país, para a provisão dos serviços à população.“Para o banco vir aqui foi preciso que o governador dissesse que em Guro há muita gente, porque só podem instalar onde há muito dinheiro”, exemplificou o presidente.“Hão-de vir nas vossas casas jovens que estão a recensear. São nossos filhos, irmãos, sobrinhos. Pedimos que os recebam bem e eles estão treinados para fazer perguntas”, apelou Nyusi.Na ocasião, O Presidente da República manifestou a satisfação pelo facto de ter contado que há muitos partidos envolvidos na sensibilização das populações para aderir ao processo.“Aquele que quer ser moçambicano, quer ser pessoa de Manica, quer ser pessoa de Guro, mesmo aquele estrangeiro que vive aqui, é melhor ir se inscrever para sabermos quantos comprimidos devemos trazer aqui. Quantos livros temos de comprar para aqui. Para sabermos se essa estrada que vocês pediram vale a pena fazer, ou temos de construir noutro distrito. Por isso, devem se recensear”, exortou.A questão do Censo 2017 foi uma das três mensagens que Nyusi deixou no comício, que antecedeu a sessão extraordinária do governo provincial, alargada a outros quadros. A problemática da paz e o aumento da produção e produtividade foram os outros assuntos que mereceram destaque.Sobre a paz, Nyusi vincou a necessidade de se continuar a viver em harmonia, tolerância, perdão e reconciliação entre os moçambicanos.Na questão da produção agrícola, o Chefe de estado manifestou a sua satisfação com facto de o distrito de Guro e a província de Manica, em geral, terem respondido os apelos de aumento de produção e produtividade, encorajando a população a continuar com este desafio para que, até em 2018, o país deixe de importar comida.Para o efeito, instou a população a começar agora a preparação da próxima campanha agrícola que arranca em Outubro próximo.Nessa sua visita, que termina sábado, Nyusi escalará igualmente os distritos de Manica e Gondola, bem como a cidade de Chimoio, a capital provincial.
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