Ministério da Juventude e Desportos quer melhorar infraestruturas desportivas no país
Moçambique dispõe de muitas infra-estruturas desportivas, muitas delas herdadas do tempo colonial e mais tarde distribuídas pelos diversos clubes. Algumas dessas instalações e infra-estruturas desportivas tem estado a degradar-se a olhos vistos. Aliás, depois da guerra de desestabilização, as mesmas ficaram destruídas, completa ou parcialmente. E só depois da criação do Fundo de Promoção Desportiva iniciou-se um processo de reabilitação dessas infra-estruturas, para responder as diversas actividades desportivas que aconteciam no país. O exemplo mais claro dessas actividades são os jogos escolares, que decorrerm de dois em dois anos e os campeonatos nacionais das diversas modalidades. Algumas dessas instalações foram reabilitadas em função das competições que o país acolheu, nomeadamente os Jogos Africanos de 2011, os afrobasket´s e outras competições. Outras ainda vão sendo construídas de raiz, como palcos desportivos de referência, com exemplo prático para os Complexos Desportivos de Zimpeto, de Gondola e de Pemba. Este desnível no tratamento das instalações desportivas foi motivo de encontro de diversas personalidades ligadas ao desporto, para falar da gestão dos espaços desportivos. Afinal, esta é uma preocupação de todos os segmentos da vida desportiva, que pretendem ver mudada esta situação e encontrar formas de gerir melhor as infra-estruturas desportivas existentes, para o bem do desporto. Temas relativos ao “estágio da gestão das instalações e infra-estruturas desportivas em Moçambique – desafios e perspectivas”, “ciclo de vida da infra-estrutura desportiva”, “planeamento e ordenamento de espaços para a prática desportiva”, “papel dos gestores das instalações desportivas”, entre outras, serão abordados nesta conferência que iniciou hoje, e terá seu epílogo na tarde de amanhã. Depois de terminados os debates, haverá uma mesa redonda onde vai-se definir as melhores estratégias de melhor gerência das infra-estruturas, tendo em conta as soluções que saírem dos painéis de debates. Aliás, a integração de figuras de renome nesta conferência, casos de Rui Tadeu, Cremildo Gonçalves, António Marques, Gabriel Dava, Altenor Pereira, Adamo Bacar, Joel Libombo, Renato Caldeira, entre outros, é prova inequívoca de que a questão de gerência de infra-estruturas e instalações desportivas é um dilema que precisa ser estancada. Infra-estruturas acompanhadas de forma científica Este seminário é uma resposta aos esforços do Ministério da Juventude e Desportos e outras instituições que pretendem encontrar caminhos para uma melhor gerência das infra-estruturas desportivas. É, também, uma recomendação do presidente da República, aquando da sua visita ao Complexo Desportivo do Zimpeto e ao Parque dos Continuadores, em que deixou clara a intenção de ver melhor geridas as infra-estruturas desportivas. Daí que o Ministério da Juventude e Desporto tenha se aliado à Universidade Eduardo Mondlane para, através dos “diferentes saberes”, como a Escola Superior de Ciências de Desporto, as faculdades de Arquitectura, Direito, Economia e Engenharia, possam trabalhar, de facto, na melhor gestão. Isso porque a gestão não é somente cuidar da infra-estrutura, mas inicia com o projecto de construção, as normas de legislação do espaço desportivo, a própria construção, a gestão do bem desportivo até ao fim do prazo da sua durabilidade. Uma durabilidade que é garantida através de 3 pressupostos, nomeadamente: segurança, funcionalidade e estética. Ou seja, uma infra-estrutura bem gerida deve ser construída com muita segurança para os seus utentes, ser uma infra-estrutura usada para o projecto ao qual foi construída e ter uma estática que permita conforto dos usuários. Estes e mais pressupostos, aliados aos desafios que se colocam, serão discutidos nesta conferência sobre gestão de instalações e infra-estruturas desportivas, que decorre até esta quinta-feira no anfiteatro da Universidade Eduardo Mondlane.
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