A reunião dos 20 países mais industrializados do mundo (G20) arranca hoje em Hamburgo, na Alemanha, com os olhos postos na luta internacional contra o terrorismo.
Além dos temas tradicionais das cimeiras do G20, como a regulamentação dos mercados financeiros e o crescimento económico, a Alemanha, anfitriã do encontro, incluiu na agenda temas como as migrações, as regras do comércio global e a luta contra as alterações climáticas.
Além da cimeira em si, que decorre hoje e amanhã, sábado, realizam-se à margem dezenas de encontros bilaterais, como aquele que vai reunir, pela primeira vez, os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin.
Hamburgo recebe os lideres do G20 mas também pelo menos duas dezenas de manifestações contra as práticas e políticas dos países mais industrializados.
Mais de 19.000 polícias, apoiados por uma dezena de helicópteros, navios e mergulhadores, foram destacados para Hamburgo, norte da Alemanha, a fim de garantir a segurança das 36 delegações internacionais que vão participar na Cimeira.
Detenções e feridos em Hamburgo
A polícia alemã voltou a recorrer a canhões de água esta manhã, para dispersar manifestantes que querem bloquear os acessos à cimeira do G20, depois dos distúrbios que resultaram em 111 feridos e 44 detidos, em Hambugo.
A polícia divulgou hoje um comunicado com a contagem mais recente dos incidentes durante a noite, protagonizados por jovens encapuzados que tomaram o controlo de uma manifestação convocada na tarde de quinta-feira sob o lema “bem-vindos ao inferno”.
Esta manhã, grupos de activistas tentaram bloquear os acessos ao centro de congressos onde durante dois dias decorre a cimeira das principais economias do mundo e as potências emergentes, tendo a polícia recorrido a canhões de água para os dispersar.
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, que ia participar no evento no G20, cancelou a sua presença face ao dispositivo de segurança destacado, informaram os organizadores do evento.
A polícia de Hamburgo informou também que tinham sido detectados objectos nos carris de uma estação de comboio, o que afectou a circulação ferroviária em vários pontos.
Cerca de 12 mil pessoas participaram na manifestação de quinta-feira e as forças de segurança identificaram cerca de 2.000 delas, a maioria encapuzados, incluindo elementos de grupos violentos.
Objectos foram arremessados contra a polícia durante a noite, resultando em danos em viaturas, lojas e imóveis, assim como no ferimento de agentes policiais.
Entretanto, as autoridades da polícia disseram não ter informação de manifestantes ou transeuntes feridos.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/internacional/69266-cimeira-do-g20-arranca-centrada-no-terrorismo.html