Esta investigação deixa claro que os traficantes chineses não compram o que existe mas sim fazem encomendas, e daí os caçadores moçambicanos tratam de matar os animais para satisfazer a demanda, ganhando entre 80 a 100 dólares por quilo.
Para o segundo carregamento a encomenda foi de 3 toneladas de marfim. Desta vez, ao que a investigação indica, os traficantes chineses participaram pessoalmente na selecção do marfim pré-embarque, sempre acompanhados pelo intermediário tanzaniano. O carregamento acabou por ser de 2,3 toneladas, que depois de transportadas para a cidade de Pemba foram embaladas num contentor de 40 pés, os custos de envio foram de 300 dólares norte-americanos por quilo, tudo pago em dinheiro vivo.
“Francamente, é mais fácil fazer este negócio em Moçambique … é mais fácil de operar. Na Tanzânia, nem pense nisso. Podemos mover qualquer coisa através da Pemba. Todos estão comprados”, confessou Ou Haiqiang aos investigadores da EIA.
Recordar que em Janeiro último, após mais de duas toneladas de marfim que partiram de Pemba terem sido apreendidas no Vietnam, Amélia Nakhare, a presidente da Autoridade Tributária de Moçambique(ATM), reconheceu que “os nossos portos continuam muito porosos sobretudo a nível da Região Centro e Norte. Estamos conscientes que ainda existe muita porosidade, que ainda temos muito contrabando das espécies mais preciosas que nós temos, quer ao nível da madeira, quer ao nível dos troféus das diferentes espécies que efectivamente saem das nossas fronteiras, apesar do trabalho que está a ser feito, mas não estamos parados, estamos a trabalhar”.
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“Podemos mover qualquer coisa através da Pemba. Todos estão comprados” afirma traficante de marfim
@Verdade “Podemos mover qualquer coisa através da Pemba. Todos estão comprados” afirma traficante de marfim Agência de Investigação Ambiental EIA Shuidong Ou Haiqiang, Xie Xingbang and Wang Kangwen
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