Moçambique vende energia ao Malawi

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A venda de energia eléctrica para o Malawi deve iniciar dentro de cinco anos, dando seguimento à intenção de compra formalizada em 1998 junto das autoridades moçambicanas.

Desde então, o Malawi vem hesitando em avançar com a construção da linha de transporte ligando Tete e Phombeya, e demais infra-estruturas para operacionalizar a ligação entre os centros de produção e de consumo.

Entretanto, desde o ano passado que Lilongwe manifesta interesse em concretizar a iniciativa, estando a empresa pública de electricidade, a Electricity Supply Corporations of Malawi (ESCOM), a trabalhar com a Electricidade de Moçambique no projecto.

É neste contexto que iniciou ontem em Maputo um seminário de dois dias visando a apresentação dos estudos de viabilidade económica, financeira e do impacto ambiental e social do projecto de interligação, que inclui a construção de uma linha de 218 quilómetros a 400 quilovolts e duas subestações, sendo uma em Matambo, na província de Tete, e outra em Phombeya, no Malawi.  

Mateus Magala, presidente do Conselho de Administração da EDM, explica que as previsões apontam para uma necessidade de 120 milhões de dólares norte-americanos para financiar o empreendimento, dos quais 95 milhões serão usados na construção da linha e das subestações. O outro montante vai custear a electrificação rural ao longo do corredor.

Dois consultores estão agora a trabalhar nos estudos financiados pela Noruega e Magala garantiu que se o fecho financeiro ocorrer até Dezembro deste ano a exportação da energia da EDM para o Malawi há-de virar realidade até 2022.

Mateus Magala garantiu que actualmente aquele país revela sinais de querer mesmo avançar. “Só a delegação a este seminário mostra que eles tomam o assunto agora com maior seriedade”, disse.

Estão no seminário os dois principais líderes da ESCOM e diversos dirigentes do sector de energia, para além do embaixador malawiano em Moçambique.

Aliás, Perks Ligoya, PCA da ESCOM, apelou para que se faça tudo com rapidez dada a importância que o projecto tem para o seu país.

Por seu turno, o vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, Augusto Fernando, que foi coordenador deste projecto após a assinatura do memorando de 1998, apelou às partes a darem um salto quantitativo, uma vez removidos os obstáculos de natureza política que inviabilizavam a interconexão.   

 

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/economia/68961-mocambique-vende-energia-ao-malawi.html

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