Nyusi defende combate às drogas para mitigação da criminalidade

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O chefe de Estado quer mais comprometimento do Tribunal Judicial do Niassa no combate ao tráfico e consumo de drogas para reduzir o nível de envolvimento dos jovens na criminalidade. O apelo foi feito esta quinta-feira, durante a inauguração do Tribunal Judicial do Niassa.O primeiro trimestre deste ano “foi dominado por crimes contra o património, pessoas, homicídios, crimes contra ordem e segurança pública cometidos por jovens”. Para minimizar o impacto do envolvimento dos jovens no narcotráfico, Nyusi defendeu que é preciso eliminar as vulnerabilidades, sobretudo nas zonas fronteiriças, que são as “portas de entrada” das drogas no país.“Niassa tem fronteira com Tanzânia e Malawi, espaços que podem ser explorados pelos narcotraficantes. Para chegarem a Maputo, é preciso que passem primeiro por algum lugar, e pode ser aqui. Podem usar Meponda, Mandimba ou outra região e outros locais lacustres ou terrestres desta  província. Então, é preciso fazermos leitura antecipada para combater este crime.”Reconhecendo as drogas como um problema nacional, Nyusi apelou à colaboração de todos os sectores da justiça não só ao nível da província do Niassa, como também em todo o país. “Boa parte dos que roubam galinhas são jovens que estão sob efeito de álcool e drogas. As pessoas que têm coragem de andar com catana para roubar só podem estar sob efeito de alguma droga”, disse Nyusi.Apesar de a província do Niassa não ter registado situações “alarmantes de consumo e tráfico de drogas”, o chefe do Estado disse que a escolha do tema “Combate ao narcotráfico” não foi aleatória, foi feita com base nos males que os narcóticos causam à juventude e exemplificou. “Se compararem alguns jovens que consomem drogas a mim, podem perceber que até eu posso parecer mais novo, mas isto por causa do que eles consomem.”Ademais, o combate às drogas responde à Estratégia Nacional de Combate às Drogas e Substâncias Psicoactivas (2014-2023) e ao programa: “Um distrito um edifício condigno para o tribunal”, que pretende em breve a construção de mais dois tribunais em Maua e Gaua, ainda nesta província.Nyusi usou da ocasião para elogiar a postura do  Supremo, que avançou “custos reais” sobre o orçamento do recém-inaugurado tribunal.“Normalmente, as pessoas falam de um custo acima do normal, por exemplo, dizer que o quilograma de feijão em Lichinga custa cinco milhões, enquanto a pessoa poderia vender a quinhentos ou mil Meticais, a pessoa recorre a valores excessivos e inacreditáveis.”Na mesma perspectiva de custos “reais” na construção de infra-estruturas públicas, Nyusi diz que deseja fazer o mesmo com a Assembleia da República. “Quando falo do Legislativo, das prioridades, recomendo a construção de uma vila parlamentar onde o edifício seja digno”, disse o Presidente.Para a conclusão das recomendações sobre maior protecção da juventude no acesso às drogas, Nyusi deixou quatro recomendações ao Tribunal Judicial do Niassa: a aplicação da lei e capacitação de todos os intervenientes; a contribuição para o reforço das regras de boa convivência; o fortalecimento da articulação com outras instituições do Estado envolvidas no combate às drogas; e o incentivo às pesquisas sobre problemas criminais e de saúde.

Fonte:O País

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