Autoridades buscam causas do sinistro na Linha do Limpopo

AS autoridades policiais e técnicos da empresa Caminhos de Ferro de Moçambique estão a trabalhar, desde a noite de ontem, na busca das causas do acidente ferroviário registado na ponte sobre o rio Incomáti, no distrito de Magude, província de Maputo.

O sinistro do tipo choque entre um comboio de mercadoria e sete viaturas causou cinco feridos entre graves e ligeiros, na ponte localizada na entrada da vila sede do distrito de Magude, cerca das 19 horas de ontem.

A locomotiva que fazia o trajecto Chókwe-Maputo colidiu contra sete carros, entre os quais três de transporte semi-colectivo de passageiros.

A circulação esteve interrompida durante mais de duas sobre a ponte que permite o trânsito ferroviário e rodoviário na linha do Limpopo, pelo visto única entrada da vila de Magude.

Juarce Martins Porta-voz da polícia da República de Moçambique, no comando provincial de Maputo, disse que técnicos da empresa caminhos de Ferro de Moçambique e da Polícia já estão no local para apurar as possíveis causas do sinistro.

“As equipas já estão no terreno a trabalhar, juntamente com os CFM e outros técnicos para apurar as causas do acidente. É impossível para nós, por agora, avançarmos a principal causa do acidente, sabendo-se que são várias as situações que podem ocorrer, talvez os sinaleiros não tiveram o alerta, ou houve alguma outra razão (…) nós ainda não sabemos, com exactidão, as causas do sinistro”, disse Juarce Martins.

Por sua vez, o administrador do distrito de Magude, Lázaro Bambamba, disse que normalmente tratando-se de uma passagem de nível com guarda, o que sucede é que o trânsito rodoviário é encerrado 30 minutos antes para permitir o trânsito ferroviário e isso não aconteceu ontem. Por isso registou-se a colisão entre o comboio e as viaturas.

“Não estou a dizer que essa é a causa, mas normalmente a via rodoviária devia ser encerrada 30 minutos antes nos dois pontos, entrada e na saída, com cancelas, ontem não aconteceu e tivemos este acidente. Temos que apurar qual foi a razão para que as cancelas não tenham sido encerradas no momento da passagem da locomotiva”, afirmou Lázaro Bambamba.