Petróleo tem ligeira recuperação com liquidação de posições vendidas, enquanto dólar forte limita ganhos

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Os preços do petróleo recuperaram-se ligeiramente na quarta-feira, 14/11, após cobertura de posições vendidas, um dia depois de terem caído perto de um mínimo de duas semanas devido à previsão de procura reduzida da OPEP, mas os ganhos foram limitados, já que o dólar atingiu uma máxima de sete meses.  

Os futuros do petróleo Brent encerraram com uma alta de 39 cêntimos, ou 0,5%, para 72,28 dólares por barril. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiram 31 cêntimos, ou 0,5%, para 68,43 dólares.  

Na terça-feira, os preços de referência encerraram no seu nível mais baixo em quase duas semanas após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo ter reduzido as previsões de crescimento da procura global por petróleo para 2024 e 2025, citando procura fraca na China, Índia e outras regiões. Foi a quarta revisão consecutiva em baixa feita pelo grupo produtor para 2024.

“A previsão é, sem dúvida, pessimista e o mercado ainda está a digeri-la”, afirmou Bob Yawger, Director de futuros de energia da Mizuho, acrescentando que o mercado recuperou enquanto alguns investidores especulativos tentavam recuperar perdas.  

A produção de petróleo dos EUA e do mundo deverá atingir níveis recorde um pouco superiores às previsões anteriores, afirmou a Administração de Informação de Energia dos EUA.  

Espera-se agora que a produção de petróleo dos EUA atinja uma média de 13,23 milhões de barris por dia (bpd) este ano, e a produção global deverá atingir 102,6 milhões de bpd.

A Agência Internacional de Energia, que tem uma previsão de crescimento da procura muito inferior à da OPEP, deverá publicar a sua estimativa actualizada na quinta-feira.  

O Presidente russo, Vladimir Putin, e o Príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, sublinharam a importância de manter uma “estreita coordenação” dentro da OPEP+ durante uma chamada telefónica na quarta-feira, o que também forneceu algum suporte.  

Do lado da oferta, os mercados ainda poderão enfrentar interrupções por parte do Irão ou novos conflitos entre o Irão e Israel.

“Se esta guerra continuar, Israel acabará por atacar os activos de petróleo iranianos”, afirmou Clay Seigle, estrategista de risco político independente. “Isto pode limitar-se às refinarias do Irão, mas os planeadores israelitas podem ser mais ambiciosos e visar instalações de produção e exportação”, acrescentou.  

A esperada escolha de Trump para Secretário de Estado, o senador Marco Rubio, pode ser favorável a uma subida dos preços, dado que a sua posição agressiva em relação ao Irão poderá resultar na aplicação de sanções, removendo potencialmente uma parte da oferta.

Fonte: O Económico

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