Singapura ostenta o passaporte mais poderoso do Mundo, lidera; Moçambique apresenta melhorias está na posição 93, Afeganistão continua no fundo do ranking

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O Henley Passport Index 2025 reafirma o impacto da geopolítica na mobilidade global, classificando os passaportes com base no número de destinos acessíveis sem necessidade de visto. Singapura recuperou o primeiro lugar, oferecendo acesso livre a 195 destinos de um total de 227, enquanto o Japão, em segundo lugar, possui uma pontuação de 193 destinos, beneficiando-se da recente reabertura de fronteiras na China.

Os passaportes europeus continuam a dominar as primeiras posições, com França, Alemanha, Itália, Espanha, Finlândia e Coreia do Sul partilhando o terceiro lugar (192 destinos). Por outro lado, o Afeganistão permanece no fundo do ranking, com apenas 26 destinos acessíveis sem visto, evidenciando a crescente desigualdade na mobilidade global.

A situação de Moçambique no Henley Passport Index 2025

Moçambique está classificado na 93.ª posição do Henley Passport Index 2025, oferecendo acesso sem visto a 54 destinos ao redor do mundo. Embora o país tenha melhorado ligeiramente a sua classificação nos últimos anos, o passaporte moçambicano continua a enfrentar limitações significativas, especialmente em relação a destinos na Europa, América do Norte e Ásia, onde as exigências de visto permanecem rigorosas.

O acesso sem visto dos cidadãos moçambicanos é maioritariamente limitado a outros países africanos e algumas nações fora do continente. Esta posição reflecte as disparidades na mobilidade global e evidencia o impacto das restrições impostas por economias mais desenvolvidas sobre países em desenvolvimento. Em comparação, os passaportes dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) como África do Sul, Namíbia e Botswana oferecem maior mobilidade internacional.

Esta classificação sublinha a necessidade de Moçambique investir em negociações bilaterais e acordos multilaterais que facilitem o acesso dos seus cidadãos a mais destinos. Melhorar a posição no ranking poderia fortalecer as oportunidades de mobilidade económica, cultural e profissional para os moçambicanos, contribuindo para o desenvolvimento do país num contexto globalizado.

Tendências de declínio e ascensão

O declínio dos passaportes norte-americano e britânico destaca mudanças geopolíticas e políticas isolacionistas. Os EUA caíram do 2.º para o 9.º lugar em uma década, enquanto o Reino Unido agora ocupa a 5.ª posição. Em contraste, a China subiu de 94.º para 60.º lugar, refletindo uma política mais aberta em termos de concessão de visto.

Desafios para a África

A desigualdade na mobilidade global é especialmente evidente no caso de África. Novas pesquisas mostram que cidadãos africanos enfrentam o dobro da taxa de rejeição de vistos Schengen em comparação com outras regiões. Países como Comores e Guiné-Bissau têm taxas de rejeição superiores a 50%, sublinhando a barreira enfrentada pelos países com economias mais frágeis.

 

Inovação e Mobilidade Digital

Em 2025, a mobilidade global está a entrar numa nova era com a introdução de sistemas de autorização digital como o ETIAS na Europa e o ETA no Reino Unido. Estas iniciativas prometem maior eficiência e personalização, mas também levantam questões sobre acessibilidade e equidade.

O Henley Passport Index 2025 serve como um barómetro das dinâmicas globais de poder, desigualdade e inovação. À medida que questões como alterações climáticas, instabilidade política e migração forçada remodelam o panorama global, a mobilidade continuará a ser um tema central nas discussões sobre cidadania e direitos humanos.

Fonte: O Económico

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