Nosferatu tem tudo o que um fã de Robert Eggers espera!

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“Nosferatu” é o novo filme escrito e dirigido por Robert Eggers, remake do clássico de 1922, que também foi uma adaptação não autorizada de Drácula, de Bram Stoker, publicado em 1897.

O elenco conta com grandes nomes do audiovisual, como Bill Skarsgård, Nicholas Hoult, Lily-Rose Depp, Aaron Taylor-Johnson, Emma Corrin, Ralph Ineson, Simon McBurney e Willem Dafoe.

A convite da Universal Pictures, assistimos antecipadamente ao longa, que estreia no dia 2 de janeiro nos cinemas brasileiros.

Aviso: Não assisti às obras antigas envolvendo Nosferatu. Aqui, mantenho como referência apenas esta nova produção, além de Drácula de Bram Stoker, de Francis Ford Coppola, e os trabalhos anteriores de Robert Eggers.

Em meados de 1800, na Alemanha, o rico e misterioso Conde Orlok procura um novo lar. O vendedor de imóveis Thomas Hutter se encarrega da negociação e viaja para a Transilvânia para cuidar das burocracias da nova propriedade. Enquanto Thomas encontra o mal encarnado — sendo alertado por todos a abandonar a viagem —, Ellen, sua esposa, é perturbada por sonhos conectados ao homem que Thomas está prestes a encontrar.

O filme começa com uma jovem Ellen rezando por amor, quando é atacada por algo maligno que a faz sofrer uma convulsão. Já em 1838, agora adulta, Ellen vive em Wisborg, Alemanha, com seu marido Thomas, um corretor imobiliário.

Visando garantir uma posição melhor, Thomas aceita vender um castelo para o Conde Orlok, sem saber que isso faz parte de um pacto entre Orlok e seu empregador, Herr Knock.

Contrariando Ellen, Thomas parte para a viagem, deixando-a sob os cuidados de seus amigos, Friedrich e Anna. Ao chegar ao castelo, Thomas é atraído ao local, onde Orlok rouba seu medalhão e reconhece Ellen, revelando ser um vampiro. Enquanto Orlok se alimenta de Thomas e o mantém prisioneiro, Thomas descobre que o conde é o monstro que atacou Ellen anos antes.

Ao mesmo tempo, Ellen enfrenta crises de sonambulismo e convulsões, que se agravam com o tempo. Albin Eberhard, um cientista ocultista, percebe que Ellen está sob o feitiço de Orlok, uma força demoníaca chamada Nosferatu. Porém, Friedrich acredita que os sintomas são apenas reflexos da ansiedade pela ausência de Thomas.

O filme cria uma expectativa crescente para um clímax que nunca se concretiza. À medida que os minutos avançam, fica evidente que o desfecho será anticlimático, sem eventos marcantes ou uma resolução significativa.

O audiovisual repete padrões constantemente e, com sua duração excessiva, conduz a um final monótono. A impressão que fica é que o filme começa do nada e termina do nada, sem desenvolver seus personagens.

Embora o visual do Nosferatu não seja dos melhores, Bill Skarsgård mais uma vez demonstra sua habilidade ao se transformar por completo para o papel. Nicholas Hoult também entrega charme e carisma como protagonista. Já Lily-Rose Depp se esforça, mas oferece uma interpretação sem brilho.

Aaron Taylor-Johnson e Emma Corrin interpretam personagens pouco interessantes e, mesmo com boas atuações, parecem deslocados. Willem Dafoe, apesar de sua participação menor, consegue se destacar e aparenta ser o ator mais à vontade no longa.

Robert Eggers ganhou notoriedade com o elogiado A Bruxa, lançado em 2015. Quem conhece e aprecia seu estilo encontrará aqui um prato cheio. É notável o cuidado e a paixão que Eggers demonstra ao contar essa história.

No entanto, confesso que esse não é o meu tipo de filme. Apesar de figurinos, trilha sonora e cenários impecáveis, a produção é excessivamente escura do início ao fim. Isso prejudicou a experiência e, em determinado momento, tudo o que eu queria era deixar a sessão.

No final, a história não se mostra memorável, assim como seus personagens.

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Fonte: Pippoca

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