Os lucros da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, centro de Moçambique, aumentaram 13,4% nos primeiros nove meses do ano, para 12.919 milhões de meticais, segundo informação financeira a que a Lusa teve acesso.
Este desempenho contrasta com os resultados líquidos de 11.389 milhões de meticais registados de Janeiro a Setembro de 2023, com a administração da hidroeléctrica a estimar lucros de quase 13.039 milhões de meticais para todo o ano de 2024.
Na mesma informação, enviada à Bolsa de Valores de Moçambique, a empresa indica que o balanço patrimonial, bem como os indicadores de liquidez e solvabilidade, “demonstram o equilíbrio financeiro, quer no curto, médio e longo prazo”.
Acrescenta que a variação positiva de 8,2% nos capitais próprios, para 97.793 milhões de meticais, foi “influenciada pelo aumento dos resultados retidos”, enquanto o aumento de 2,3% do passivo total, 3.312 milhões de meticais “decorre essencialmente do valor dos dividendos” do accionista português Redes Energéticas Nacionais, “cujo pagamento não se tinha verificado até 30 de Setembro”.
O Estado moçambicano detém 90% do capital social da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, desde a reversão para Moçambique, acordada com Portugal em 2007, enquanto a empresa portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN) tem uma quota de 7,5% e a Electricidade de Moçambique 2,5%.
A albufeira de Cahora Bassa é a quarta maior de África, com uma extensão máxima de 270 quilómetros em comprimento e 30 quilómetros entre margens, ocupando 2.700 quilómetros quadrados e uma profundidade média de 26 metros, contando com quase 800 trabalhadores.
Fonte: O Económico