Petróleo fecha semana em alta: Tensões no Médio Oriente e perspectivas de oferta impulsionam ganhos

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Os preços do petróleo registaram uma alta semanal, impulsionado por tensões
geopolíticas persistentes no Médio Oriente. O Brent fechou a semana com um
aumento de 0,4%, cotado a US$ 74,69 por barril, enquanto o WTI (West Texas
Intermediate) dos EUA subiu para US$ 70,48, um reflexo do nervosismo do
mercado em relação a possíveis interrupções no abastecimento de petróleo, dada a
escalada de conflitos regionais.

Factores geopolíticos: Médio Oriente em foco

A volatilidade dos preços é principalmente atribuída ao aumento das tensões entre
Irão e Israel, com ataques recentes a infraestruturas sensíveis na região. Embora
estejam em discussão potenciais cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza, o
cenário ainda é incerto, particularmente com a escalada das tensões envolvendo o
Líbano. Investidores permanecem cautelosos, observando a possibilidade de
conflitos prolongados que possam interromper a cadeia de abastecimento global.

Análise de mercado e perspectivas

Tony Sycamore, analista da IG Markets, sugere que o preço do petróleo deve
manter-se próximo dos US$ 70 por barril, com a volatilidade presente até que haja
maior clareza no cenário geopolítico. A perspectiva de novos estímulos económicos
da China também está no radar dos mercados, embora analistas estimem que
esses estímulos possam ter um impacto limitado na demanda chinesa por petróleo.
A Goldman Sachs manteve as previsões de preço para o petróleo, considerando
que as condições de oferta, aliadas ao clima de inverno no hemisfério norte, terão
um peso mais significativo nos preços.

Implicações para investidores

Para investidores em energia, a recomendação é de cautela. As tensões no Médio
Oriente sugerem um ambiente de risco elevado, que pode desencadear novas altas
em caso de interrupções na produção ou no transporte de petróleo. Analistas

sugerem monitorar não apenas as oscilações geopolíticas, mas também os
movimentos no mercado chinês e as decisões sobre cortes de produção por parte
dos países da OPEP+, fatores que podem continuar a influenciar a trajetória de
preços nas próximas semanas.

Em conclusão, o mercado de petróleo permanece em um período de alta
sensibilidade, com as perspectivas de curto prazo firmemente ancoradas nos
desenvolvimentos do Médio Oriente e nas políticas de oferta. Para investidores, o
momento exige análise cuidadosa de cenários e diversificação de portfólio para
mitigar riscos associados à volatilidade dos preços do petróleo.Na quinta-feira,
24/10, o Goldman Sachs manteve inalteradas as suas previsões para os preços do
petróleo, do gás natural e do carvão, estimando que os estímulos chineses
impulsionem os preços da energia, que são modestos em relação a factores mais
importantes, como a oferta de petróleo do Médio Oriente e o clima de inverno para o
gás natural.

Fonte: O Económico

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