Banco Mundial duplica apoio à agricultura: US$ 9 mil milhões anuais até 2030

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O Banco Mundial anunciou uma estratégia ambiciosa para o sector agrícola, comprometendo-se a duplicar o financiamento para US$ 9 mil milhões anuais até 2030. Este esforço visa abordar a crescente necessidade de segurança alimentar global e aumentar a resiliência climática no sector, ao mesmo tempo que estimula o investimento privado. A decisão foi anunciada pelo presidente do Banco, Ajay Banga, durante um evento nas reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional e do Grupo Banco Mundial.

Oportunidade e justificação

A decisão do Banco surge num momento em que a agricultura global enfrenta desafios críticos relacionados com a mudança climática, a escassez de água, o acesso a fertilizantes e as crescentes exigências de produtividade. Estes problemas são agravados pela vulnerabilidade do sector agrícola a choques climáticos e pela sua contribuição significativa para as emissões de gases de efeito estufa, embora receba apenas 4% do financiamento climático global.

O Presidente Ajay Banga enfatizou que o Banco Mundial analisou os desafios da agricultura “de todos os ângulos” para encontrar soluções que aumentem a produção de alimentos e a resiliência do sector. A nova estratégia não só responde a estas crises, como também capitaliza as inovações digitais e ferramentas financeiras emergentes para transformar as práticas agrícolas.

Utilização dos Fundos

O aumento do financiamento será utilizado para resolver problemas críticos que impedem o crescimento da produtividade agrícola. Serão implementados mecanismos de financiamento acessíveis, que incluem garantias de crédito, linhas de crédito de primeira perda e instrumentos de seguro. Estas ferramentas permitirão reduzir o risco para os investidores, tornando os empréstimos mais seguros e viáveis comercialmente. Assim, espera-se uma maior participação do sector privado, crucial para a modernização da agricultura em países em desenvolvimento.

O Banco Mundial também planeia usar estes fundos para apoiar inovações tecnológicas que conectem os pequenos agricultores aos mercados e aos provedores de serviços financeiros. A digitalização das cadeias de valor permitirá a agregação de empresas agrícolas, tornando-as mais eficientes e competitivas.

Impactos esperados e alvo Global

O impacto da nova estratégia é esperado a nível global, com foco em regiões como África, Ásia e América Latina, onde a agricultura é um pilar da economia. Estes fundos adicionais vão apoiar a agricultura sustentável, aumentando a produtividade de forma que os agricultores possam enfrentar os desafios das alterações climáticas, enquanto se promove a segurança alimentar e se reduz a pobreza rural. A criação de empregos é um dos objectivos diretos desta estratégia, com novas oportunidades para pequenos agricultores e empresas rurais.

Espera-se que este plano fortaleça as cadeias de valor agrícolas, melhore o acesso ao financiamento e promova o uso eficiente de recursos como água e fertilizantes, áreas especialmente vulneráveis às alterações climáticas. Ao usar o financiamento climático de forma mais eficaz, o Banco Mundial quer garantir que o sector agrícola se torne mais resiliente, inovador e produtivo.

O aumento do financiamento agrícola por parte do Banco Mundial vem num momento crucial em que o mundo enfrenta desafios complexos, incluindo o aumento da demanda por alimentos e os impactos das alterações climáticas. Com US$ 9 mil milhões anuais até 2030, o Banco espera transformar o sector agrícola e alavancar o investimento privado, criando um ecossistema agrícola mais resiliente, produtivo e sustentável.

Para o Banco Mundial. Estrategicamente, a medida não apenas responde aos desafios de hoje, mas também antecipa as necessidades futuras, integrando inovação, tecnologia e sustentabilidade no coração das cadeias de valor agrícolas. Com um foco na resiliência climática e na inclusão financeira, este novo compromisso do Banco Mundial posiciona a agricultura como um pilar fundamental para o crescimento sustentável global.

Fonte: O Económico

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