MOÇAMBIQUE passa, a partir do próximo ano, a vacinar raparigas até 14 anos de idade contra o Papilomavírus Humano (HPV), no quadro dos esforços do Ministério da Saúde para a prevenção de casos do cancro do colo do útero, a médio e longo prazos.
Introduzida em 2021, a vacina só abrange raparigas com nove anos. Assim, com o alargamento da idade do grupo-alvo, espera-se massificar as acções de combate a esta doença, principal causa da morte de mulheres em Moçambique e não só.
A informação foi partilhada com o “Notícias” pela chefe do Programa Nacional de Controlo do Cancro no Ministério da Saúde, Cesaltina Lorenzoni, que falava em torno das acções em curso para a prevenção do cancro que afecta a mulher, no âmbito do “Outubro Rosa”.
Lorenzoni afirmou que, para a efectivação deste plano, o Ministério da Saúde está em conversações com os seus principais parceiros de cooperação, até porque a implementação do programa deveria ter arrancado este ano, não se tendo concretizado por questões financeiras.
O alargamento da idade das meninas a serem imunizadas contra este vírus causador de cancro ocorre num momento em que as comunidades estão melhor consciencializadas sobre a importância da vacina.
“Existiam muitos tabus em torno da vacina, porque muitos pensavam que era de HIV e não HPV; outros entendiam que a menina se tornaria promíscua por estar imune ao vírus”, disse.
Aliás, destacou o envolvimento dos professores nesta campanha e o uso de meios de comunicação em massa para divulgar mensagens que contribuem para melhorar o acesso à informação pelas comunidades sobre a vacinação contra o HPV e outros problemas de saúde.
A título de exemplo, referiu que este ano pelo menos 80 por cento, de um total de 500 mil meninas com nove anos, foram imunizadas.
Fonte: Jornal Noticias
