Kroos, o início do fim

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Kroos começará a se despedir na que um dia foi sua casa. A Allianz Arena, do Bayern de Munique, clube onde se formou desde as categorias de base e em que estreou como profissional, será o cenário de sua primeira despedida. Serão no mínimo três partidas (ele também enfrentará Hungria e Suíça), mas seria um fracasso enorme para a Alemanha ser eliminada na fase de grupos.

A partir desta sexta-feira, assim que o árbitro Clément Turpin der início ao jogo, cada toque de Toni Kroos na bola será quase uma última degustação para os amantes do bom futebol. No nível de clubes, eles se despediram do meio-campista alemão há quase duas semanas, na final da Liga dos Campeões, que o Real Madrid venceu contra o Borussia Dortmund.

Kroos saiu vitorioso desse primeiro embate. Levantou sua sexta Copa da Europa e, junto com Nacho, Modric, Carvajal e Gento, tornou-se o único jogador da história a somar essa quantidade de títulos. Agora, ele quer adicionar à sua coleção a Eurocopa, um troféu que ainda lhe falta, o único de uma coleção vertiginosa que chega a 33 vitórias.

Talvez essa necessidade de ganhar tudo, junto com o convite do técnico Julian Nagelsmann, tenha provocado o retorno de Kroos à ‘Mannschaft’ quase três anos depois de anunciar que se aposentaria da Seleção Alemã (exatamente em 2 de julho de 2021). Seu retorno é um alívio para o meio-campo de um time que, desde que venceu a Copa do Mundo no Brasil em 2014, só acumulou decepções.

Eliminado na fase de grupos na Rússia 2018 e no Catar 2022, e fora das oitavas de final da última Eurocopa, o time dirigido há apenas nove meses por Nagelsmann, substituto de Hansi Flick, precisa dar um golpe de autoridade para voltar ao topo do futebol mundial e proporcionar a Kroos uma despedida digna.

Com o retorno de Kroos, Nagelsmann resetou seu meio-campo e introduziu Robert Andrich como peça necessária para equilibrar sua seleção. O meio-campista do Bayer Leverkusen, inédito nas convocações da Alemanha até os 29 anos, será o parceiro perfeito para o ex-jogador do Real Madrid. Um trará a habilidade e o outro a força: qualidade e músculo a serviço da Alemanha.

Mas não será apenas Kroos o protagonista da equipe de Nagelsmann. Ilkay Gündogan como armador, Antonio Rüdiger na defesa e os jovens e audaciosos atacantes Jamal Musiala e Florian Wirtz serão cruciais para um time que tem dúvidas no gol com Manuel Neuer, criticado por sua inconstância, e que contará com a ausência de última hora de Aleksandar Pavlovic, substituído por Emre Can, devido a uma amigdalite.

E a Escócia? O time britânico não quer ser um simples convidado à festa de Kroos, na Allianz Arena. Sob o comando de Steve Clark desde 2019, conseguiu uma pequena ressurreição após décadas ausente dos grandes torneios. Conseguiu se classificar para a última Eurocopa depois de 22 anos ausente de todas as fases finais e obteve outro sucesso ao garantir uma vaga para a Alemanha.

A Escócia lutará com suas armas: é um time físico, perigoso em bolas paradas e que vive do coração de Scott McTominay e da classe de John McGinn. Andrew Robertson, com uma lesão no tornozelo, e Paul Tierney também contribuem para um grupo que perdeu de última hora Lyndon Dykes, seu atacante principal, que será substituído por Ché Adams, um jogador que não é um atacante puro.

O objetivo dos homens de Clark é claro: passar pela primeira vez na história uma fase de grupos. Não conseguiram isso nas Copas do Mundo de Suíça 1954, Alemanha 1974, Argentina 1978, Espanha 1982, México 1986, Itália 1990, França 1998; tampouco nas Eurocopas de Suécia 1992, Inglaterra 1996 e Europa 2020. Essa é sua matéria pendente, e uma surpresa no jogo inaugural poderia abrir o caminho para um grupo que sonha em fazer história.

Prováveis escalações:

Alemanha: Neuer; Kimmich, Rüdiger, Tah, Mittelstädt; Andrich, Kroos; Musiala, Gündogan, Wirtz; e Havertz.

Escócia: Gunn; Ralston, Hendry, Hanley, Tierney, Robertson; McTominay, Gilmour; McGregor, McGinn e Adams.

Fonte: Besoccer

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