Nyusi diz que o novo Mercado Central de Inhambane é fruto da governação descentralizada

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É um imponente edifício que marca o fim do sofrimento a que os vendedores do mercado central estavam submetidos. Segundo contaram ao “O País”, o antigo mercado já era pequeno para a demanda actual, sem mencionar que se acomodavam em bancas pequenas, com infra-estruturas de apoio deficiente. “Era muito complicado vender ali”, recorda uma das antigas vendedeiras do mercado de Inhambane.O novo Mercado Central de Inhambane foi reabilitado e requalificado para conferir melhores condições aos vencedores e aos compradores. Cigarra Perim, uma estilista moçambicana que tem o seu ateliê instalado no Mercado Central, diz que, com a nova infra-estrutura melhorada, os turistas poderão visitar Inhambane e, chegado ali, além de comer uma boa comida típica da terra da boa gente, poderão conhecer um pouco mais sobre a cultura de Inhambane, quer através da moda, quer através das obras de arte que serão feitas e vendidas no local.O Presidente da República procedeu à inauguração do mercado, que tem dois pisos, com espaços para a venda de hortícolas, produtos frescos, artesanato e restaurantes.Filipe Nyusi diz que o Mercado Central de Inhambane é fruto da governação descentralizada que o Governo tem estado a implementar, pois, no seu entender, se os municipes de Inhambane ficassem à espera de que o Governo central decidisse pela construção de qualquer infra-estrutura social, provavelmente iria demorar ou não sairia de acordo com as necessidades das comunidades locais. Nyusi defende que o papel do Governo central deve ser mobilizar recursos, dar apoio necessário para a execução, enquanto os Governos locais devem decidir quais e como construir infra-estruturas, de acordo com as necessidades locais.Com a nova infra-estrutura cómoda e moderna, Filipe Nyusi diz que a mesma deve servir para o desenvolvimento da cidade de Inhambane e disse que não fará sentido que, depois da construção daquele mercado, continue a haver vendedores espalhados pelas ruas da cidade, com todo os riscos associados, desde o risco de acidentes de viação, péssimas condições de conservação dos produtos, entre outros. O Presidente da República apelou, por isso, aos vendedores para permanecerem dentro do mercado e aos compradores para que não aceitem comprar coisas nas ruas, para não fomentar o comércio em locais impróprios.A infra-estrutura é, na verdade, o maior mercado na província de Inhambane. Tem mais de 300 pontos de venda, desde bancas, lojas e restaurantes, e emprega mais de 400 pessoas. O edil de Inhambane diz que a infra-estrutura terá uma gestão autónoma, para permitir que a mesma possa gerar a sua própria renda e, com isso, suportar as despesas de funcionamento, tais como serviços de limpeza, água, energia, pagamento de salários e manutenções. Benedito Guimino diz que esse modelo de gestão, vai garantir não só a sustentabilidade do mercado, como também vai aliviar o peso que era para o Município, que deveria fazer a gestão financeira do mercado, que, muitas vezes, chegou a ficar sem água por falta de pagamento de facturas.As obras de requalificação do Mercado Central de Inhambane arrancaram em 2019 e custaram mais de 130 milhões de Meticais, dinheiro desembolsado pelo Governo alemão, através do Banco KFW.

Fonte:O País

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