«Será o lateral-esquerdo do futuro do Benfica»

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Diretor da ‘cantera’ do Corunha lembra-se muito bem do pé esquerdo de Álvaro Carreras

Albert Gil era – e continua a ser – o diretor da cantera do Corunha no tempo em que Álvaro Carreras esteve no clube, 2014/15, 2015/16 e 2016/17.«Lembro-me muito bem dele. Era um miúdo muito trabalhador, uma maravilha de miúdo, era fácil lidar com ele, era educado e empenhado. Vem de uma família com princípios e sentíamo-lo quando lidávamos com ele», começou por explicar a A BOLA.

«Pelo que me lembro, sempre jogou como lateral-esquerdo, mesmo nas equipas mais jovens, de sub-11, sub-12, pelo menos no que diz respeito ao Deportivo. Álvaro, aliás, foi sempre um lateral muito ofensivo, um miúdo que atacava muito mais do que defendia, mesmo nos escalões mais baixos, rapidamente percebemos que teria um grande futuro à frente dele, pois destacava-se da maioria dos jogadores, já conseguíamos ver que tinha um grande pé esquerdo», observa.

«Faz parte de uma grande geração do Deportivo, e não só, fazia parte de uma equipa que rendeu jogadores de qualidade nos escalões de formação e que se espalharam por grandes clubes, como Barcelona ou Real Madrid. Era um jogador que se destacava nos jogos com essas equipas e também nos torneios, fizemos alguns em Portugal», recorda.

Albert Gil lembra o primeiro grande passo da carreira de Álvaro Carreras: «Terá saído para o Real Madrid aos 13/14 anos, não tenho bem a certeza, mas foi uma situação delicada, não ficámos contentes. Nessa altura, já houve aconselhamento de um agente e a família explicou-nos depois que se tratava de uma oportunidade que não poderiam desperdiçar. Tinha contrato de formação connosco.»

«Mas também confirmou a nossa opinião sobre o jogador, acabou por ir para o Real Madrid e depois para o Manchester United», acrescenta o dirigente galego, que não encontra muitas diferenças entre o miúdo e o profissional: «Já era um jogador semelhante ao que é hoje, muito apoiado num jogo ofensivo, um pé esquerdo de grande qualidade, que sabe sair a jogar da sua zona defensiva. É um jogador com boa técnica, um defesa com vocação muito ofensiva.»

A forma de estar era elogiada. Perguntámos por sarilhos, Gil não se lembra. «Não estou a ver qualquer situação…», diz, sorrindo. «Era muito correto com os companheiros, com os treinadores e também com os árbitros, não tinha problemas disciplinares, na verdade não me lembro mesmo de um episódio complicado com ele. Preocupava-se em jogar, tinha muita estabilidade, isso depois refletia-se no seu comportamento em campo e fora dele. Creio que se preocupava em ouvir e aprender, para ir melhorando. E nunca precisou de viver no centro de estágio, vivia a aproximadamente 30 quilómetros do centro de treinos, só depois quando foi para Madrid é que teve de sair de casa. E foi sempre um miúdo preocupado com a escola, bom estudante», explicou.

A distância não os afastou. «Continuo a acompanhá-lo, tive oportunidade de falar com ele, sei que não teve muita utilização no Benfica, que foi entrando, mas também sei que lhe fizeram um contrato longo e isso é um sinal de confiança», acrescenta, antes de ser convidado a estabelecer uma comparação com Grimaldo, também lateral-esquerdo, também espanhol e também jovem quando chegou à Luz: «Os perfis são diferentes, Grimaldo teve problemas com lesões nos primeiros anos, Álvaro é muito talentoso e faz parte do lote dos melhores jovens laterais de Espanha. Mesmo com um perfil diferente, creio que sim, que tem condições para ser o lateral de futuro do Benfica, dentro de 2, 3, 4 anos estará nesse patamar.»

Fonte: A Bola

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