Os preços do petróleo ampliaram a sua recuperação na sexta-feira, 13/09, encerrando uma semana volátil marcada por interrupções de fornecimento causadas pelo furacão Francine, que atingiu o Golfo do México e forçou a evacuação de várias plataformas de produção nos EUA. No pregão asiático, os contratos futuros de Brent e West Texas Intermediate (WTI) registaram ganhos de 0,5% e 0,6%, respetivamente, à medida que as preocupações sobre a oferta mantinham os preços em alta.
O Brent subiu para 72,31 dólares por barril, enquanto o WTI alcançou os 69,36 dólares. Este aumento de preços, se mantido, pode resultar na quebra de uma série de quedas semanais, com o Brent a prever um aumento semanal de 1,7% e o WTI a acumular mais de 2% de valorização na semana.
A volatilidade no mercado de petróleo foi alimentada não só pelo impacto do furacão, mas também pelo nervosismo persistente em relação à procura global, que viu o Brent cair abaixo dos 70 dólares pela primeira vez desde o final de 2021 no início da semana. No entanto, as interrupções no fornecimento, juntamente com a possível desaceleração nas políticas de aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve, deram um novo fôlego aos preços do petróleo, ajudando a sustentar uma recuperação modesta após um início de semana difícil.
O furacão Francine sublinhou a vulnerabilidade da infraestrutura de produção de petróleo no Golfo do México, uma região chave para a produção energética dos EUA. A evacuação das plataformas e as interrupções temporárias de fornecimento foram suficientes para manter o mercado em alerta, embora os fundamentos da oferta e da procura global continuem a apontar para uma recuperação moderada no médio prazo. A combinação de interrupções no fornecimento e a incerteza sobre a procura global tem mantido os investidores cautelosos, o que resultou em um aumento da volatilidade nos preços dos futuros de petróleo.
Olhando para o futuro, o comportamento dos preços do petróleo continuará a ser fortemente influenciado por fatores geopolíticos e condições climáticas adversas. Além disso, as decisões de política monetária nos EUA, com um possível corte nas taxas de juros, também podem ter um impacto indireto sobre o mercado de petróleo, ao afetar a confiança dos investidores e as condições macroeconómicas globais.
Com os preços a recuperarem após o impacto inicial do furacão, o foco volta-se agora para a forma como o mercado de energia reagirá a eventos semelhantes no futuro, com a crescente necessidade de resiliência nas infraestruturas energéticas, especialmente em regiões vulneráveis a fenómenos naturais.
Fonte: O Económico
